domingo, outubro 25, 2009
A minha mãe é a melhor do mundo
Obrigada querida mãe.
quinta-feira, outubro 15, 2009
Operação empregada concluída
Conquistou o Henrique durante a entrevista. Ainda a procissão ía no adro e ele já estava no colo dela a dar-lhe beijinhos e a dizer que podíamos ficar com ela. Vai ser muito difícil substituir a Chica. Foram três anos. É uma familiar que o meu filho perde. Mas espero que vá ficar em boas mãos... A ver vamos
terça-feira, outubro 13, 2009
Reforço
Mas também percebi que confio cada vez menos nas pessoas, principalmente nas que conheço.
O mundo é mesmo um lugar estranho.
domingo, outubro 11, 2009
Como é possível?
E como é possível que, minutos depois me peça desculpas, me dê um beijo e um abraço apertado, me diga que eu não o devia ter puxado pelo pescoço (agarrei-o para lhe lavar os dentes) e, mesmo assim, eu me sinta um traste?
sexta-feira, outubro 09, 2009
Obrigada, senhor Obama
Senhor Obama, eu já gostava de si e hoje passei a gostar ainda mais. Porque o senhor, sem saber muito bem porquê, amenizou a minha dor, tornou menos dolorosa a colocação da placa com a foto e com o nome do meu pai em cima do jazigo de família, fez-me pensar que há mais no mundo que a minha tristeza.
Obrigada, senhor Obama
Ano I depois de ti
E quem me conhece sabe que sou a última pessoa a criticar ou a condenar o meu pai. O que ele vivia, sendo viver, ja não era quase nada. Era coisa pouca para um homem tão grande e tão generoso.
Faz hoje precisamente um ano que soube o que era perder um bocadinho de mim. E, fechando os olhos, lembro-me de quase tudo o que aconteceu nesse dia.
Todos tínhamos consciência que o meu pai nos estava a escapar por entre os dedos; ele já tinha desisitido há alguns dias; lembro-me do telefonema para me ir despedir dele; recordo-me perfeitamente dos minutos que estivemos a sós... ele já inconscinete, sereno, tranquilo. O coração a bater cada vez mais devagar; sei exactamente o que lhe disse, os beijos que lhe dei, as saudades que comecei a sentir logo naquele instante... E depois saí, fui a casa escolher uma roupa, a mais bonita, tudo a condizer (o meu pai adorava que eu lhe escolhesse a roupa)... e depois o telefonema do meu irmão, a chegada ao hospital, o olhar para ele já sem vida, a tristeza da minha mãe, o desespero do meu irmão. E quando olhei para o meu irmão, roupa nos braços para vestir o meu pai com um coleg de trabalho, soube que não o podia deixar com um estranho a fazer a mais penosa das suas tarefas: aquele não era um morto, era o nosso pai. E ainda não sei como, contrariei todas as minhas crenças e entrei naquela sala para o vestir, num ritual muito ambíguo: triste, muito triste mas, simultaneamente, com algum orgulho por sermos nós, naquele momento, a tratar dele.
E depois foi tudo muito rápido. Um ano a voar, o primeiro aniversário do mano sem ele, o primeiro Natal, o meu primeiro aniversário, o dele, o do Henrique, o da mãe, o dia do pai....
E a cada dia que passa sinto mais saudades dele...
quarta-feira, outubro 07, 2009
problema de expressão
- Sim, gostei, mas não podemos ficar com ela porque não percebi nada do que ela disse.
- Mas isso é porque ela é de outro país. Se ouvires com atenção percebes.
- Não mãe, eu não percebi nada do que ela disse. Depois não te admires se eu não arrumar o quarto. é que quando ela me mandar arrumar eu não vou percerber nada.
E esta?
terça-feira, outubro 06, 2009
siderada
segunda-feira, outubro 05, 2009
fim-de-semana sem marcação
Saímos ontem de casa para um almoço em Arraiolos e acabámos no Modelo de Évora a comprar cuecas e uma muda de roupa para o miúdo. Bom almoço de domingo, dormida numa casa muito simpática e visita ao castelo, com direito a faz de conta que somos reis: Afonso Henriques e o seu leal Egas Moniz. Se foi perfeito? Não. Se nos chateámos? Claro que sim. Mas foi um belo fim-de-semana, sem marcação.
sábado, outubro 03, 2009
que bom que é um fim-de-semana a três
Nada mau...
quarta-feira, setembro 30, 2009
uma pequena grande vitória
Mas hoje aconteceu algo verdadeiramente extraordinário: uma pequena grande vitória familiar. Desde que mudámos para esta casa, em Novembro passado, o Henrique passou a ter muitos medos, medo do escuro, medo de ir à casa de banho sozinho, medo dos barulhos da rua... a última dele é dormir completamente tapado, quase a sufocar com a capa do edredão à volta da cabeça. A porta do quarto, que dantes estava encostada, agora tem de estar aberta e com uma luz (a da despensa) acesa. Hoje, depois de muitas tentativas frustradas, conseguimos comprar as estrelinhas brilhantes da Imaginarium (estavam esgotadas há mais de um ano). Estivemos a colar algumas na parede do seu quarto e depois fizemos a experiência de apagar as luzes para vermos o quanto brilhavam... "não brilham assim tanto", disse-me ele tristonho. Expliquei-lhe então que isso acontecia porque a porta estava muito aberta deixando entrar claridade do resto da casa e mostrei-lhe o que acontecia se deixássemos a porta quase fechada.
E qual não foi o meu espanto ao sair do quarto dele e a ouvi-lo dizer: "mãe, fecha mais a porta".
Ressaca
E agora? Logo agora que estou cheia de trabalho, logo agora que o Henrique anda tão tristinho... é que o meu problema não é arranjar alguém para limpar a casa, é confiar o meu filho a alguém... Help!
terça-feira, setembro 29, 2009
O país vai parar às 20H?
E agora? O Presidente amputado (ficou sem o Lima de uma vida) vai dizer que teme estar a ser escutado ou vai-nos falar da falta de ética na política, do preço do bacalhau, da roupa da Ferreira Leite, ou dos perigos das bebidas gaseificadas???
Bem, pelo sim pelo não, vou optar por aquela minoria que vai estar alheada dos desígnios da nação. Vou mesmo ali ao lado, à natação com o meu filho que, assim de repente, me parece um programa muito melhor que o do Cavaco.
As minhas novas sobrinhas
sexta-feira, setembro 25, 2009
nervos
terça-feira, setembro 22, 2009
Encontro imediato com o meu velho sofá
e eu até tenho um sofá novo, mas nada se compara a este querido, que tantas vezes me acolheu... pode ser que adormeça.
segunda-feira, setembro 21, 2009
Alive!
Infelizmente o portátil voltou a casa comigo, mas mais para adiantar trabalho do que para ficar maluca de tanto mexer no powerpoint. Também não sou ingénua ao ponto de pensar que o pior já passou, no que se refere à minha adaptação às novas funções. Na verdade, desconfio que o pior ainda está para vir. Mas, para já, festejo o fim do primeiro embate, com o computador, é certo, mas com a televisão ligada e dois episódios do ER de seguida. É que o que não acabar hoje, faz-se amanhã.
A descompressão foi tal que, ainda houve tempo para dar um passeio de trotineta com o Henrique, que hoje se portou "lindamente" na escola e que, por isso mesmo, teve direito a um fá (lembram-se daqueles geladinhos de gelo que vinham em pequenas embalagens transparentes de plástico?) depois do jantar, e a comer filestes de espada preto com arroz de ervilhas.
Estamos a melhorar, é o que acho. E sinto, lentamente, que a minha vida está a regressar.
Pode ser que amanhã este bicho de quase três quilos fique lá para as bandas de Alfragide...
Balanço
Amanhã ao fim do dia terei ultrapassado uma primeira prova profissional. Depois dos nervos espero conseguir retomar parte da minha vida e voltar a deixar o computador lá... quietinho em cima da secretária, que é onde pertence.
quinta-feira, setembro 17, 2009
morte de um ídolo
Não vos sei dizer quantas vezes vi esta cena, nem quantas vezes desejei que este senhor, mesmo a coxear, me viesse buscar para dançar. Acho até que cheguei a saber todos os passos e as falas do filme.
Piroso, bem sei, mas o Patrick Swayze e o Dirty Dancing marcaram a minha adolescência. E não consigo deixar de ficar triste quando penso na forma como morreu
pequena vitória
Obrigada
domingo, setembro 13, 2009
Inspira, expira, insipra, expira
Hoje, depois da ida à feira para frutas e legumes, e do almoço, rumámos à Terra Pura (sugestão de uma amiga) e comprámos um óleo essencial de alfazema e um spary de alfazema natural para borrifar a almofada. É que esta mãe está mesmo a precisar de relaxar... Cá andei, a queimar alfazema pela casa. Acabei por descobrir uma espuma de banho de alfazema perdida aqui em casa e toca de enfiar-me com o puto dentro da banheira... resultou: ele dorme o sono dos justos e eu, bem, eu estou um bocadinho mais calma e com menos vontade de chorar de cansaço.
o meu domingo tem de ser perfeito
É ter esperança...
quarta-feira, setembro 09, 2009
Parabéns mãe
Temos de celebrar os vivos e o facto de nos amarmos.
Hoje, no dia do teu 57º aniversário, não podia deixar de dizer o quanto te amo e de te agradecer tudo o que tens feito por mim. Tu, mãe, és generosidade, és amor sem fim.
Obrigada
terça-feira, setembro 08, 2009
Mudança
Adivinham-se tenpos difíceis.
segunda-feira, setembro 07, 2009
Voltámos às mantinhas
sexta-feira, setembro 04, 2009
quarta-feira, setembro 02, 2009
Podia estar pior
sexta-feira, agosto 07, 2009
eh pá... só passou um mês???
A nossa empregada está de férias há duas semanas....
Porque será que me sinto como se não tivesse férias há um ano?
sábado, agosto 01, 2009
Quase de regresso
sábado, julho 18, 2009
crónica de um dia atribulado ...
Pois, é verdade. Estou de férias, dentro de 48h estarei no sofá da minha sogra, no Funchal, a borregar frente à televisão e a preparar-me para dormir. Mas esta realidade ainda me parece muito distante. Hoje foi um dia muito preenchido, envolto em grandes mudanças e muitas notícias, nem todas agradáveis. Os assuntos do trabalho lá ficarão, a marinar até ao meu regresso. Mas deixo aqui o que se passou com a minha mãe e que é uma daquelas situações que Para quem não conhece a minha mãe, ela é das pessoas mais sérias que eu conheço, incapaz de ficar com troco a mais, incapaz de passar à frente de alguém numa fila... uma pessoa mesmo muito séria e honesta. Em meados de Junho ela entrou num autocarro da Carris vinda do comboio, cheia de malas e, por várias vezes, tentou validar o seu título de transporte. Expressou essa dificuldade ao motorista que nada lhe disse e, em seguida, foi pousar as malas para voltar a tentar validar o bilhete. Na paragem a seguir entram três revisores da carris e ela dirige-se a um deles dizendo que estava a tentar validar o bilhete, que não consegui mas que tinha a certeza que o bilhete tinha dinheiro. O senhor colocou o bilhete na sua maquineta de revisor e disse que realmente o bilhete tinha dinheiro. E começou a pedir o b.i. à minha mãe e a morada. Ela, que em tantas ocasiões me surpreende com a sua esperteza, desta vez foi bastante ingénua e achou que o senhor lhe estava a passar uma guia para que pudesse trocar o seu bilhete por um novo. E lá continuou, sem bem a conheço, na conversa com o revisor, a dizer que tinha mais autocarros para apanhar e que tinha medo de voltar a ter o mesmo problema com o bilhete, ao que o tal fiscal simpático lhe disse para não se preocupar, que com aquele papel poderia entrar em qualquer autocarro. E a minha mãe, acreditou nele e ainda assinou o que ele lhe pediu para assinar sem sequer o questionar. Resultado: ao entrar no autocarro seguinte, quando exibiu o papel que lhe tinham dado, foi informada pelo motorista de que tinha em mãos ums multa de 114 euros para pagar.
Escusado será dizer que ficou para morrer; escusado será dizer que se fartou de chorar; escusado será dizer que fizemos uma exposição ao provedor do utente. Mas a carris está-se a borrifar para a minha mãe e hoje lá chegou a casa dela a cartinha que dizia que o pedido dela não tinha sido aceite. E que ela não tiha testemunhas! Claro que não! Ela não sabia que estava a ser multada, como é que se havia de preocupar com testemunhas? Aliás, o revisor nem se identificou, apenas assinou a multa com o seu número profissional. E quando, hoje, a minha mãe pediu o nome dele para poder fazer uma queixa formal à carris, foi-lhe dito quesó fariam isso com ordem do tribunal... acho isto verdadeiramente inacreditável e algo me die que amanhã irei desenhar o número desse senhor no livro de reclamações daquela chafarica.
Mas acho inacreditável que as coisas passem assim,impunes.
Gostava de poder levar esta reclamação a uma outra instância, mas já percebi que é impossível...
terça-feira, julho 14, 2009
Depois da tempestade
quinta-feira, julho 09, 2009
Contabilidade
fazes-me falta
quarta-feira, julho 08, 2009
Sinto-me a modos que chateada
No trabalho propriamente dito não é que me tenha acontecido algo de mau, mas avizinham-se mudanças que não sei bem o que significam. E, não sendo directamente relacionado com o meu trabalho, há coisas que gravitam à volta dele e que me aborrecem à brava. Uma delas é a falta de tomates de algumas pessoas que adoram criticar mas não directamente. Digamos que são aquele tipo de pessoas que adoram mandar uns bitaites mas que, quando são espremidas, adoram olhar para o lado, assobiar e dizer que não era nada daquilo que queriam dizer e que nós (no caso eu) é que percebi tudo ao contrário. Sim, sim... sou eu a ingénua e parva de serviço.
E, como se tudo isto não bastasse, estou com as putas (perdoem-me o vernáculo mas tem mesmo de ser) das hormonas aos saltos porque tirei o Implanon e até me vir o próximo período vou estar assim para o impossível. Só um aparte, nunca mas nunca caiam na burrice de colocar este cabrão deste implante no braço. A sério.
E a cereja no topo do bolo tem mesmo sido o Henrique. Sim, o meu querido filho de cinco anos tem-se portado tão mal, mas tão mal que já comecei a pensar em novos métodos de tortura. A sério, se alguém tiver algum conselho para dar eu estou aqui, de ouvidos bem abertos. Ele está impossível, violento, birrento, sempre a gritar à primeira contrariedade... está mesmo muito difícil.
E, para quarta-feira, parece-me que chega, não?
segunda-feira, julho 06, 2009
Esta malta sabe-se tratar
Festival Panda nunca mais...
Fiquei fora de mim; segurei-o com tanta força que ontem, na praia, podia ver a marca dos meus dedos nos seus bracinhos (esta é a parte em que a comissão de protecção de menores e o senhor do Refúgio Aboim Ascenção me vêm prender). Mas o pior nem foi ele quase morrer atropelado, o pior foi o que ele me disse a seguir, danado por não lhe ter feito as vontades e por lhe ter dado duas valentes palmadas no rabo. Verdade, verdadinha, nunca imaginei que uma criança de cinco anos guardasse em si tamanha crueldade. Sim, ali estava o meu filho a dizer, ou melhor, a gritar para quem quisesse ouvir, que me odiava, que eu era má, que queria viver longe de mim e que nunca mais queria ser meu filho. Não sei o que me deixou mais atordoada, se o medo que tivesse ficado debaixo de um carro mesmo ali à minha frente, ou se o que ouvi daquela boquinha. Mas foi tudo tão desconcertante que, mal chguei perto do meu marido, desatei num pranto.
Não sei que ensinamentos tirarei deste fatídico sábado, mas uma coisa é garantida: Festival Panda, nunca mais
sexta-feira, julho 03, 2009
balanço
Exactamente, no Festiva Panda
Quem disse que ser mãe é fácil?
quinta-feira, julho 02, 2009
amor é...
Dia Pipoca
Já houve uma altura das nossas vidas em que passámos mais tempo juntas e em que fomos mais próximas, porque nos víamos todos os dias. Mas o carinho que sinto por aquela miúda que berrava "Sisse" de cada vez que eu aparecia na redacção, quando estava grávida, esse é o mesmo.
Parabéns Pipoquinha.
obrigada pelo agradecimento...
amores e desamores

quarta-feira, julho 01, 2009
é impressão minha
Lembro-me de por gasóleo a 88 cêntimos... já vai para lá de 1 euro...
terça-feira, junho 30, 2009
morte de um mito
Falando de coisas sérias
domingo, junho 28, 2009
Voltou...
quinta-feira, junho 25, 2009
Lindamente, não foi?
Mas hoje, véspera de o voltar a ter no meu colo, não posso continuar a mentir. Estou cheia de saudades. Apetece-me brincar com ele, ouvi-lo correr pela casa, sentar-me ao seu lado no sofá para ver a Vila Moleza... Não sei se volto a deixar o Atlântico meter-se entre nós
terça-feira, junho 23, 2009
Reeducar o bicho
Podia ser pior, podia ser pior
quarta-feira, junho 17, 2009
Entrevista, qual entrevista?
Quanto mais penso no que vi, mais me lembro do saudoso programa também exibido na Sic, "Na Cama Com". Ana Lourenço, bem ao estilo da Alexandra Lecastre, foi lançando temas, com voz lânguida e olhar sensual e ficou, quase sempre, em silêncio a deixar o seu convidado a falar.
Oiço muita gente que está na tv a falar do estilo diferente da jornalista e do modo como este estilo acabou por ser uma espécie de "armadilha" para José Socrates. Hello? Está alguém no Planeta Terra? A Ana Lourenço não armadilhou coisíssima nenhuma. O que eu vi foi um José que está decidido a mudar de cassete e que, muito inteligentemente, decidiu escolher a jornalista mais queridinha e mais suavezinha para fazer passar o seu tempo de antena. "Deixe-me que lhe explique"? "Parte-se-me o Coração"? Como se a moça fosse estúpida e não conseguisse perceber o que ele diz. Poupem-me...
terça-feira, junho 16, 2009
Um ser maior (Ana Catarina Santos)
Aqui fica a reportagem que fez e que venceu o Prémio AMI - jornalismo contra a indiferença, "Os Filhos da Solidão"
Parabéns Ana.
Obrigada
Ausência
segunda-feira, junho 15, 2009
Esta sou eu? Como é possível?
Eu que sou o tipo de mãe para quem as outras mães olham de lado, porque vou muitas vezes para fora sem o Henrique, estou à beira de um ataque de nervos com as suas primeiras férias fora.
Explico-me: o meu filho foi ontem à noite para o Porto Santo com a minha mãe e o meu stress começou logo a caminho do aeroporto. Ele, que sentiu a minha inquietação disse-me "Mãe eu não quero ir para o Porto Santo, fico contigo". E, apesar de me apetecer dizer-lhe sim, sim a tua avó que vá sozinha que já é crescida, enchi-me de coragem e expliquei-lhe todas as vantagens de 12 dias de praia e convenci-o também de que alguém teria de tomar conta da avó agora que o avô tinha morrido.
Depois do chek-in já estava com palpitações e no momento em que ele passou o rx apeteceu-me ir lá resgatá-lo e dizer "Mãe, ele é um pestinha e estou farta dele, mas tu és crescidinha podes ir de férias sozinha e, mesmo peste, prefiro tê-lo ao meu lado, ok? Desculpa lá mas não vai dar." Mas não disse, deixei-o ir. E aí começou o tormento da viagem: era a primeira vez que ele ia andar de avião sem mim... e comecei a olhar para o relógio de 5 em 5 minutos.
Ok, chegou bem, dormiu bem. Está tudo bem, relaxa Inês, respia fundo ele está óptimo.
Expliquem-me então porque é que já lhe liguei 3 vezes esta manhã?
sábado, junho 13, 2009
Não havia eu de gostar de futebol
Num outro dia 12 de Junho, há cinco anos atrás, nascia o nosso filho. E eu estava louca furiosa porque queria ver o jogo de abertura de Euro 2004. A minha médica passou o parto inteiro a dizer: "vamos lá despachar isto que se ela não vê o jogo ninguém a atura".
E foi num outro 12 de Junho, há precisamente três anos, que nos casámos. Numa cerimónia muito bonita, em casa de uns amigos, no nosso cenário preferido. E a lua-de-mel passada em Itália teve sempre como pano de fundo os jogos da nossa selecção.
Deve ser por isto que o meu filho tem 10 pares de calças rasgadas nos joelhos....
terça-feira, junho 09, 2009
Quando for grande quero ser funcionária da Câmara de Lisboa
E eu, que sou bem mandada, assim fiz. Mas estão todos em serviço externo. Whatever that means. Desde ontem que não há ninguém, para além da telefonista, que me atenda o telefone. Não há responsável que me diga sim ou sopas. E nem me posso queixar de quem me atendeu o telefone. Pessoas simpáticas e eficientes, mas que não podem decidir nada.
Está acabadinho, passamos todos para o Museu da Marioneta. Fico 110 euros mais pobre, mas pelo menos tenho onde fazer a festa.
E por favor, amigas, não me convidem para festas no Parque, que eu estou capaz de matar alguém. Ou então, arranjem-me um trabalho na Câmara, com muitos serviços externos.
p.s. aposto que agora que já telefonei para o museu a confirmar, vou receber um telefonema do parque...
sábado, junho 06, 2009
Indispensável
Quando casei, já de puto nos braços, foi um momento extraordinário na minha vida. Foi uma festa que nunca esquecerei, simples, informal, muito divertida, muito sentida, muito restrita. Foram muitos os amigos que ficaram de fora, por várias razões mas principalmente porque decidimos convidar apenas as pessoas que nõ poderiam faltar naquela festa, as pessoas cuja ausência faria com que aquela festa fosse menos completa. E lá estiveram as minhas gajas e eu adorei tê-las ali. Mas nunca me passou pela cabeça não partilhar aquele mesmo momento quando chegasse a vez delas. E isso aconteceu já duas vezes. Por razões muito lógicas e que eu respeito. Não é isso que muda o meu amor por elas. Mas entristece-me saber que não fui indispensável no momento delas.
terça-feira, junho 02, 2009
Copo meio vazio ou meio cheio?
Devo andar muito distanciada da realidade das escolas deste país....
segunda-feira, junho 01, 2009
Caramba, isto é fado
Tinha-a ouvido há um ano, por altura do lançamento de um livro da editora onde trabalho. E, já na altura, fiquei presa à sua voz. Bem sei que toda a gente fala dela e, até certo ponto, isso pode causar alguma aversão à miúda. Mas, verdade verdadinha... isto é memso muito bom
quinta-feira, maio 28, 2009
Nem tanto ao mar....
But enough is enough. De repente ela passou a ser o monstro do jornalismo português? O bicho papão? Poupem-me. Como alguém, e muito bem, me recordou há dias, o jornal da TVI é o único que tem agenda, que não deixa cair histórias, que vai atrás das promessas feitas para ver se foram cumpridas. quantas vezes, enquanto jornalistas, nos lamentámos do que não conseguimos escrever ou dos constrangimentos que tivemos ao fazer uma peça porque podia beliscar alguém? Duvido que isso aconteça naquele jornal. E tenho muito respeito por vários profissionais que lá trabalham a começar pela Constança Cunha e Sá, passando pela Rita Ferreira, pelo Vasco Rosendo, só para nomear alguns.
As peças daquele jornal são, na sua grande maioria, bem feitas.
Não é o telejornal que veja por norma, mas não fica atrás do da SIC ou do da RTP.
E quando me falam de perseguição ao Governo eu tenho vontade de rir. Eles têm memória, que é coisa diferente e que falta a muito boa gente. Se o governo prometeu algo e não cumpriu deve ser chamado a prestar contas, ou não? Ou é melhor assistir a entrevistas como a do Mário Crespo ao Alberto João Jardim em que fez comentários do género "As eleições que o senhor tão brilhantemente ganhou"?
Resumindo, eu não gosto do estilo da Manuela Moura Guedes, mas fazer uma "causa" no facebook para lhe oferecer o código deontológico parece-me um exagero. Até porque, se fossemos enviar uma cópia a todos os jornalistas que precisam de uma, tinhamos um bestseller em mãos.
terça-feira, maio 26, 2009
Isto se não fosse trágico era mesmo cómico
A isto eu chamo representação
segunda-feira, maio 25, 2009
Quem sai aos seus...
1 - A avó materna, aproveitando que os pais estavam em Marraquexe, decidiu levar o seu neto à missa. Actividade clandestina já que os pais nao são nem tencionam ser dessas coisas. Tudo bem. Gostou, cantou, deu beijinhos mas ficou fulo no momento em que "a avó comeu aquela coisa" e ele não. E quando a avó lhe disse que ele não podia comer aquela coisa porque era muito pequeno e não era baptizado ele respondeu: "mas eu não quero que me molhem todo com água fria e se não posso comer aquela coisa não volto à missa". Quando lhe perguntei o que tinha achado resumiu tudo ao seguinte: "é giro, repetimos o que o senhor diz, damos moedas mas não me deixam comer aquela coisa".
2 - Sábado às 14h00. Urgências do D. Estefânia. 39,9ºde febre. A médica olha para ele, faz conversa de cerimónia a diz-lhe "deita-te aí nessa caminha para eu te ver". Ele deitou-se e ficou a olhar para ela. No momento em que lhe começou a mexer na barriga ele encolheu-se. "Então?" perguntou a médica. "Então o quê", respondeu ele, "Ver não é mexer". Ao que ela remata dizendo, "ai tu és desses, dos explicadinhos. Os teus pais devem ser frescos."
Talvez sejamos!
E agora?


domingo, maio 24, 2009
Muito bom
sábado, maio 23, 2009
Um outro mundo
sexta-feira, maio 15, 2009
Amália Hoje? Prefiro a de ontem
A Sónia Tavares que me perode, mas a minha gaivota é esta.
E, para que conste, eu gosto dos Gift e não tenho mesmo nada contra versões. Quando bem feitas.
terça-feira, maio 12, 2009
Só por ser para ti
1 - O Barco do Amor - palavras para quê?
2 - Crime disse ela - gostava mesmo
3 - A árvore dos Patafúrdios - adorava que o meu filho tivesse um guarda Serôdio na sua vida
4 - Os Trintões - aquela Hope não tinha emenda. E oMichael? Tão giro!
5 - Serviço de Urgência - as duas primeiras séries são do melhor que há
6 - Os Três Duques - sempre sonhei em entrar para um carro daquela maneira
7 - Modelo e Detective - o jogo do gato e do rato entre aqueles dois... maravilhoso
8 - Mc Giver - aqui acho que por culpa do meu irmão. Sábado às 19h... aquilo era uma missa
9 - O Tal Canal - ehehehehe
10 -Foulty Towers - don't mind him, he's from Barcelona - é uma das minhas deixas favoritas
11 - Os Soldados da Fortuna
12 - O Justiceiro
13 - Fama - quem nunca usou umas caneleiras coloridas que atire a primeira pedra
14- Alf
15- All in Family - não me lembro do nome da série em português, mas adorava as piadas racistas do Archie
Azedices
E foi bom, falámos de tantas coisas. Umas importantes, outras nem por isso. E rimos. E bebemos uma bela garrafa de vinho tinto argentino. E no meio daquela algazarra uma voz ficou a ecoar em mim. Uma de nós alertou-nos para as nossas azedices, para as nossas zangas constantes com o mundo.
E aqui estou eu, a pensar nisso, nesta arrelia constante com o que corre mal. E pergunto-me se é mau ou errado, ou uma troca de prioridades...e acho que não. Embora entenda e concorde com grande parte do que a minha amiga disse, a verdade é que acho que me devo continuar a chatear e a indignar com o que me rodeia. Prova que estou viva, prova que tenho sentido de justiça, de civismo, do que quer que seja. O que tenho de fazer, e aí dou-lhe razão, é de relativizar a coisa. Gritar, espernear, mas depois deixar passar.
quinta-feira, maio 07, 2009
Há dias assim...
Voltei a casa para apanhar as chaves da dita volvo azul metalizado com leitor de cd maravilhoso e só encontro as chaves suplentes. Eh pá, aqui há gato, de certeza. Voltei à rua e pus-me a rever mentalmente as minhas últimas 48 horas na esperança de ter um flashback providencial que me dissesse que, afinal, eu tinha andado com o carro e o tinha estacionado num outro local. Mas não, a memória não me trouxe nada de novo por mais que puxasse por ela.
Depois de ter corrido a rua toda à procura do carro "caí na real" (uma das minhas expressões favoritas) e decidi telefonar à Emel, só para despistar a hipótese. E tudo se tornou dolorosamente real quendo, depois de ter dito a matrícula do carro ao senhor ele me respondeu "um corsa branco?". Fim do sonho.
80 euros assim, de mão beijada. Ah, e o pequeno pormenor de não poder ser eu a levantar o carro por não estar me meu nome...
Estupidamente liguei de imediato à minha mãe pedido-lhe que da próxima tentasse não estacionar o carro numas cargas e descargas... ela ficou desolada e eu, ao contrário do que pensava, não me senti mais aliviada por descarregar nela a minha ira.
E desta vez nem fiquei chateda com os senhores, a sério que não. Nós é que estacionámos mal o carro, a verdade é essa. O que me aborreceu foi alguém o ter estacionado lá. Mas, apesar deste início nada sorridente de dia, não me posso queixar do fim. Aqui estou. sentada na cama, gozando de mais uma das minhas noites de quinta-feira, aquelas em que não há televisão, se come duas batatas fritas e, para terminar, acabamos os dois aqui, na caminha da mãe; eu e o meu capitão super cueca de quase cinco anos.
E pelo meio ainda tive direito s rever algumas pessoas maravilhosas: a Patrícia Reis, de quem tanto gosto, e o Zuenir Ventura, esse grande senhor das letras, esse coração generoso. E aqui, do cimo do fim do meu dia, nem me posso queixar.
Amanhã há mais
quarta-feira, maio 06, 2009
Dia da Mãe
E lá foram os dois ao escritório. E lá voltaram com a mais bonita das prendas que recebi: um magnífico livro de receitas feito por ele. Com direito a coração de brilhantes e fogo-de-artifício.
Fica prometida a foto.
segunda-feira, abril 27, 2009
Coisas que me aborrecem à brava
Juro que fico danada.
Ainda a pensar no terrorismo bom e no terrorismo mau...
artigo, que deve ser lido.
Porque é importante ter memória
domingo, abril 26, 2009
Quando o jornalismo não passa de pinceladas impressionistas
No P2 da passada sexta-feira, o jornalista Paulo Moura fez uma longa entrevista a Otelo Saraiva de Carvalho com o pomposo título "Se isto não é um herói".
Eu ainda não tinha nascido no 25 de Abril de 74, mas gosto de pensar que sou uma pessoa minimamente informada. Não vou aqui falar do óbvio, a importância da revolução ou de Otelo Saraiva de Carvalho nela. Mas deixo aqui uma parte da verdade que Paulo Moura se esqueceu de escrever.
Otelo Saraiva de Carvalho foi condenado a 18 anos de prisão por actos de terrorismo dos quais resultaram várias mortes. E o único motivo pelo qual não cumpriu mais do que 5 anos da sua pena foi, não por ter sido abslovido numa instância superior, mas por ter sido amnistiado.
Apesar se não trabalhar no diário dito mais sério deste país, tenho uma concepção de herói bastante diferente da do senhor Paulo Moura
quinta-feira, abril 23, 2009
Afectos
E depois, depois há aquelas pessoas que nos fazem chorar só de olhar para elas, aquelas pessoas que por mais mazelas que carreguem de uma vida com muita dor e perda, continuam em frente e não se deixam vergar pela dor.
Hoje estive com duas pessoas assim, pessoas que admiro do fundo do meu coração.
Uma delas é o Manuel Acácio, um dos seres humanos mais puros e generosos que me passou pela frente nos últimos meses. A outra é Paula Teixeira da Cruz, uma mulher que admiro pela sua fibra, pelos seus princípios, por não se deixar vergar nas suas convicções, por tanto sofrer no seu papel de mãe e, mesmo assim, de não baixar os braços e viver a sua vida com a alegria que lhe é possível.
Tive o privilégio de estar com estas duas pessoas que tanto admiro no mesmo evento, o lançamento do livro "A Balada do Ultramar", do Manuel Acácio. Com ele tenho mais confiança, consigo dizer-lhe claramente o quanto o admiro por ter colocado no papel não a sua história, mas a da mulher que amou e que viu morrer. Este livro, como o próprio diz, é um tributo à sua falecida mulher, é, por isso mesmo, uma forma de passados alguns anos este homem se pacificar com a vida e com as feridas que lhe foram infligidas.
Paula Teixeira da Cruz foi uma das pessoas convidadas para apresentar este belo livro e as palavras que proferiu foram tão certeiras e tão plenas de sentimento que me deixaram com as lágrimas nos olhos. E quando vejo pessoas assim, fico feliz por me deixar levar pelos afectos, pela capacidade de chorar comovida com as palavras alheias.
E sinto-me bem mais feliz
quinta-feira, abril 16, 2009
Xi pá, tanta coisa se passou
Mas cá estou, duas semanas depois, e a saber que a cegonha, uma outra, também já iniciou a sua viagem.
Quer-me parecer que, depois das muitas tristezas de 2008, e apesar da crise e da recessão, 2009 me vai trazer alegrias.
quinta-feira, abril 02, 2009
Esta quinta está a ser diferente
domingo, março 29, 2009
Março chega finalmente ao fim
Com o fim deste mês vai-se o dia do pai e passa-se o aniversário do meu pai. Foi ontem, dia 28, que, nos 33 anos da minha existência pela primeira vez passei pelo seu aniversário sem o ter.
Desde que o meu pai morreu que não voltei ao cemitério onde está sepultado. Este fim-de-semana achei que era tempo de enfrentar a realidade e fui até Marco de Canaveses. Eu e a minha mãe. E foi horrível chegar aquele jazigo e imaginar-te lá, pai. Sem a tua fotografia e sem qualquer lápide tornou-se menos penoso. Pude fingir, durante instantes, que estava ali apenas para ver o avô ou a bisavó. Mas foi só durante um instante. Passados esses segundos iniciais pude fechar os olhos e ver-te descer à terra naquele caixão castanho claro. Ontem parei de fingir que ainda estavas na clínica à espera da minha visita. Ontem não houve bolo de aniversário, nem prenda, nem parabéns a você. Houve lágrimas e muitas saudades
sexta-feira, março 20, 2009
Porque este blogue também é alegria
não a minha, mas é como se fosse.
Estou feliz!
quarta-feira, março 18, 2009
Rir é mesmo o melhor remédio
A Ordem está cheia de boas intenções, não o nego, mas aqui a iniciativa quer-se do lado do Governo e da Administração dos Hospitais. É a eles que lhes tem de ser exigido rigor, eles é que têm de pensar no melhor interesse do doente e não nos orçamentos. Enquanto assim não for, de nada servirá aos médicos oncologistas prescrever certos fármacos que sabem, à partida, não serão administrados. E os doentes, que são terminais, mesmo que avancem para a justiça escudados na Ordem, dificilmente viverão para ver quem tinha razão.
segunda-feira, março 16, 2009
Porque me podia ter acontecido o mesmo
E eu não conseguia parar de pensar. Não conseguia desviar de mim o terrível pensamento que aquilo poderia muito bem ter acontecido comigo. Ou com o meu marido.
É possível amar um filho e esquecer-se dele? Era mais ou menos este o excelente título da nótícia do Público. A minha resposta é sim e daí esta angústia, esta incredulidade. Eu acho que uma coisa destas pode acontecer. E isso assusta-me. Todos pensamos que somos bons pais e que nunca nos esquecemos deles e que eles estão sempre em primeiro lugar em tudo o que fazemos ou pensamos... mas basta termos a coragem de olhar bem dentro de nós e conseguimos ver que uma tragédia destas podia bater à nossa porta. À minha, pelo menos, podia.
Vivemos tão obcecados com o trabalho, com as reuniões, com as pequenas tragédias do universo que nos rodeia quando estamos a trabalhar que muitas vezes nos esquecemos do essencial: a festa de anos, a peça de teatro do colégio, levantar isto, deixar aquilo. Bem sei que esquecer-se de um bebé não é a mesma coisa que esquecer um papel no carro. Mas se ele estiver a dormir e nós estivermos atrasados para aquela reunião.... não sei. Quantas crianças morrerm afogadas no instante em que um dos pais desvia olhar? E quantas caem da varanda? E quantas bebem produtos tóxicos? Esses pais são julgados na praça pública?
Não consigo deixar de pensar que a vida daquela família está irremediavelmente perdida, que aquele homem nunca terá uma noite de descanso, que a imagem do seu bebé morto no banco traseiro do carro nunca deixará de o perseguir, que aquela mãe, por mais que tente, nunca conseguirá perdoar.
E sinto-me triste que vivamos num mundo assim, que nos asfixia.
quinta-feira, março 12, 2009
Contra a hipocrisia
Muitas vezes me lembro do Torcato e da forma como estes dois estarolas andavam juntos pel'A Capital. E se é verdade que A Capital tinha problemas estruturais, não é menos verdade que foi um local que me deu muito. Deu-me a oportunidade de trabalhar directamente com o Torcato no suplemento GLX, deu-me o privilégio de privar com o João Mesquita, deu-me o prazer de conversar todas as semanas com o Appio... preciosidades que não têm preço e que fizeram de mim melhor jornalista e um ser humano mais tolerante.
E é por isso que hoje, lendo o que se escreveu sobre o Mesquita, não posso deixar de sentir revolta. Revolta contra a hipocrisia de certos amigos que tantas linhas te dedicaram nos jornais de hoje. Hoje a igreja estava repleta de famosos: do jornalismo à política.
Gostava de saber onde é que a grande maioria destes senhores estava neste últimos anos da sua vida, em que estava desempregado, já sem o subsídio de desemprego. Lembro-me de algumas colaborações que o João fez para o Torcato, falámos delas. Mas nuca lhe foi permitido o regresso a uma redacção. E se era assim tão bom como hoje se disse (e eu sei que ele era) porque motivo o deixaram no desemprego desde 2003, altura em que foi despedido de A CApital?
Leio o editorial do Público e tenho vontade de rir... o João foi para Coimbra desempregado porque o actual director do Público foi protelando a decisão de o transferir para a delegação de Coimbra. Adiou a coisa por tanto tempo que o João teve de se demitir e ir para Coimbra na qualidade de desempregado...
Eu lembro-me da sua honestidade, da sua integridade e, infelizmente, também me lembro da tristeza que via no seu olhar sempre que a conversa era o jornalismo, a forma pesarosa como dizia que as colaborações eram poucas e mal pagas... a doença deixou-o triste mas acredito que se conseguisse ler o que dele escreveram daria duas ou três gargalhadas...
terça-feira, março 10, 2009
aniversários - parte 2
Vou fechar os olhos e recordá-lo a sorrir.
segunda-feira, março 09, 2009
Aniversários
Obrigada a todos os amigos!
quinta-feira, março 05, 2009
pequenos prazeres
Batota
É de morrer a rir!
Um prémio????

segunda-feira, março 02, 2009
sexta-feira, fevereiro 27, 2009
Good vibe
Mas estou com good vibe, como se algo de bom se avizinhasse.
Pode ser que seja verdade.
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
Família feliz
quarta-feira, fevereiro 18, 2009
And my oscar goes to...

Afinal sou bem resolvida

segunda-feira, fevereiro 16, 2009
Fim-de-semana em Madrid
Para começar o Hotel era uma merda. As paredes eram tão finas que se ouvia as pessoas do quarto ao lado a falar. A falar e não só, mas já lá vamos.
A quinta-feira foi maravilhosa. O Henrique dormiu duas horas no carrinho eu e pai passeámos bastante e fomos jantar a um restaurante do qual gosto particularmente. Ao chegar ao hotel o caso mudou de figura. O andar onde estávamos tinha sido invadido por uma turma de liceu que passou a noite a gritar de quarto para quarto. Telefonei três vezes para a recepção e apareci no meio do corredor disposta a matar o primeiro adolescente que se cruzasse no meu caminho. Não me adiantou de muito. Umas desculpas aqui, um sorrisinho ali.
É o que dá não ter dinheiro para ficar no Ritz.
Na sexta de manhã eu estava um ano mais velha e com uma terrível dor de cabeça quando o meu petiz diz ao pai "doi-me a barriga. Parece que tenho gás aqui dentro". Foi o tempo de chegar à casa de banho (mas não à sanita) e vomitar todo o jantar do dia anterior. E ficou, coitado, durante uma hora com o rabo colado à sanita com uma diarreia tremenda. A sexta-feira foi, como se pode imaginar, de fugir. Rabujento, mal disposto... mas, mesmo assim, muito aguentou. Andou pela cidade no seu carrinho vermelho, foi ao Prado ver a exposição do Bacon e ainda consegui introduzi-lo ao universo do Goya (o preferido da mãe) e do Velasquez (do lado do pai). e chegámos ao fim do dia a pensar que o melhor seria regressar a Lisboa. Estar em Madrid (cidade que não é propriamente conhecida pelo peixe grelhado acompanhado com arroz branco) com uma criança doente não é o sonho de qualquer família.
Noite de sexta, mais uma sessão no hotel. Desta feita de sexo. E digo-vos, parecia que a menina do quarto ao lado ia sentar-se ao meu colo a qualquer instante. Acordei, depois de duas parcas horas de sono, com vontade de esborrachar o mundo ao tabefe. Desculpem lá, mas fico verdadeiramente impossível quando não durmo.
Mas nem tudo estava assim tão mau. O Henrique acordou bem disposto e a barriga estava "maravilha", segundo o próprio. Museu do bombeiro, parque de diversões, passeio de barco no Retiro e a coisa ficou feita. No voo de regresso ainda houve tempo para uma birra causada já nem me lembro porquê. E um desenho, um desenho lindo onde estava o avô António. Já que estávamos no céu, o avô devia estar a ver-nos, disse ele.
Não foi um fim-de-semana perfeito. Não foi, mas foi o melhor que se conseguiu, o que já não é nada mau. E não o trocava por nada.
E ainda tive direito a um lindo vestidinho preto.
A melhor de todas as prendas
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
vou ali
terça-feira, fevereiro 10, 2009
sou uma mole... a verdade é essa
Mas acabei por não despedir a minha empregada.
Quando a vi de lágrimas nos olhos a prometer que nunca mais faria uma coisa daquelas e a dizer-me que era a primeira vez que falhava... deixei-a ficar. A verdade é que gosto dela. é calma, serena, trata bem o meu filho, nunca me roubou um alfinete que fosse...
Estou a ficar uma mole, essa é que é essa.
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
4 meses
A mãe, como tu bem sabes, é uma lutadora. Irra, aquela mulher é de aço. às vezes pergunto-me como aguenta. Consigo ver o seu cansaço e a sua imensa tristeza. Perdeu-te e tu eras o seu porto de abrigo, o seu amor de quase 40 anos. Mas quando falo da sua força e da sua garra refiro-me ao esforço que ela faz para, assim mesmo, continuar a viver e a ter um propósito para tal. Ora siou eu, ora é o Henrque, ora é o mano... ela vai conseguindo ser o pilar desta família e mantem-nos, na medida do possível unidos. Às vezes falta-me a paciência, não te zangues com a minha sinceridade. Irrito-me com ela, respondo-lhe torto. Mas é que me sinto cansada de tanta tristeza, de tanto ouvir e de tão pouco poder chorar. Fico impaciente quando ela repete 10 vezes a mesma coisa ou quando me ralha porque a caixa da sopa está fora do frigorífico há mais de uma hora e a sopa vai azedar. Mas não fiques muito preocupado, que eu tento conter-me e, no fundo, sabes que a amo. é a única que me resta depois de teres morrido.
Eu também tenho os meus dias. Há dias em que tudo corre bem e tu és apenas uma doce lembrança. Mas há outros, pai, em que me fazes tanta falta que até me doi o peito. Ontem, por exemplo, fui à feira com a mãe. E quando ela entrou no carro tive tanta vontade de gritar. Ela tinha posto o teu perfume e, por um breve segundo, parecia-me que estavas ali, ao meu lado. Fiquei tensa, de olhos mareados, porque aquele erao teu cheiro, só teu, do perfume que eu te ofereci. Não me apetece que mais ninguém tenha o teu cheiro, pai. Mas não tenho coragem de o dizer à mãe, porque acho que o faz para se sentir mais perto de ti.
Mas eu estou bem, não te preocupes. A sério.
O mano foi quem mais se abalou com a tua morte. Ainda está muito incondormado porque acha que se podia ter evitado, que ainda podias estar vivo, se não tivesses feito aquele exame, se o contraste não se tivesse espalhado no teu corpo, se não tivesse ficado com uma sepsis... tu sabes que eu penso de forma diferente, que acho que te foste porque assim o decidiste. Mas ele vive preso nessa tormenta. Muito preso.
Quem em tem preocupado ultimamente é o Henrique. De vez em quando chora e diz que tem saudades do avó António. Eu confesso-te que não sei muito bem como lidar com isto. Ontem, por exemplo, desatou a chorar a dizer que te queria. Expliquei-lhe, da melhor forma que sei, que tinhas morrido, que já só exisitias no nosso coração. Mas ele não se convenceu e disse-me que eu era má e que a avó Emília não lhe dizia o mesmo que eu. Vê lá tu, pai. Telefonei à mãe a perguntar-lhe como é que ela o consolava quando ele perguntava por ti e ela respondeu-me que lhe diz que tu estás no céu a olharpara ele e que ficas muito feliz quando se porta bem. Tu sabes pai, que isso é um bocadinho demais para mim. Bem sabes o que me custa dizer-lhe que és uma estrela no céu... mas percebi que essa explicação o deixa mais feliz.
Já passaram muitas datas importantes sem ti, pai. os anos do mano, os anos do Filipe, o Natal, o Ano Novo... esta semana é o meu aniversário... o primeiro sem ti. Tenho de aprender a lidar com esta montanha russa de emoções. Tu sabes que desde que fiquei doente que gosto particularmente de festejar o meu aniversário. Só que sem ti, pai, sem ti é tão vazio e desprovido de sentido. Porque a contabilidade tem duplo sentido; mais um ano e mais um dia sem ti...
Depois conto-te como foi. e prometo que vou fazer uma lista de coisas boas e felizes que aconteceram neste quatro meses, para que fiques mais feliz.
sexta-feira, fevereiro 06, 2009
moralmente falando

quinta-feira, fevereiro 05, 2009
um 20 redondinho
Fiz 20 quilómetros para ir a casa almoçar. E valeu a pena, não valeu mãe? Porque almoçámos as duas, falámos dos preços do Minipreço, dos problemas da empregada (despedimos ou não despedimos), do quanto tu já limpaste e passaste esta semana, da birra do Henrique esta manhã... e sei lá mais de quantas coisas. Esta hora e estes 20 quilómetros valeram ouro: estivémos juntas, só as duas.
Obrigada
Amanhã voltamos a repetir
quarta-feira, fevereiro 04, 2009
10.41
Fui almoçar com um amigo ao Chiado, um luxo cada vez mais raro. Não só o de ir ao Chiado, mas o de ter tempo para os meus amigos. À saída parei na Casa da Sorte e lá fui entregar o meu talão do euromilhões. Raramente jogo e quase sempre deito os talões fora sem verificar se ganhei alguma ocoisa. 10,41 euros. Quer voltar a jogar? Eu não, quero o dinheiro para bilhetes de metro em Madrid.
Oficialmente à procura de empregada
terça-feira, fevereiro 03, 2009
agarrem-me que não sei do que sou capaz
A minha empregada é uma pessoa muito importante lá em casa. Mais do que limpar ou passar, a minha empregada vai buscar o meu filho à escola e toma conta dele. é alguém em quem confio, ou melhor, era.
Quando confiamos o nosso filho a outra pessoa deixa de ser muito importante se ela é uma rainha a passar a ferro ou se limpa a casa de banho como a minha mãe. As prioridades são outras. O importante é sentirmos que o nosso filho está bem entregue e é bem tratado. Por isso fui desculpando pequenos deslizes à Chica e por isso a trato bem, muito bem.
Na passada quinta-feira a minha empregada foi tirar um quisto que tinha no ombro. Para começar avisou-me de véspera. Depois não me disse se era uma operação grande ou pequena, se ia ficar em casa a repousar ou não. Eu, cheia de peso na consciêcia, liguei-lhe na sexta-feira ao fim da manhã a dizer-lhe para ficar em casa a descansar que eu me arranjaria e ia buscar o Henrique à escola. Ela (a menos de duas horas de, supostamente, começar a trabalhar na minha casa responde que na verdade não ia trabalhar na sexta porque tinha de ir ao centro de saúde. Logo ali fiquei um bocadinho incomodada. E se eu não lhe tivesse ligado a dizer para ficar em casa? A que horas é que ela me ia avisar que não ia trabalhar? Ou será que não me iria sequer avisar? Passei à frente mas fiquei a matutar na ida ao Centro de Saúde. O que iria ela lá fazer? Pedir baixa? Eu sei que ela tem direito a baixa, é para isso que eu faço os seus descontos para a Segurança Social, mas não queria acreditar que, estando a pensar meter baixa ela não me fosse avisar. Assim como assim, e antecipando uma surpresa desagradável, enviei-lhe um sms a perguntar se ia trabalhar na segunda ou se ia meter baixa. Não me respondeu...
No sábado ao fim da tarde lá me ligou, a dizer que tinha baixa até ao dia 8 de Fevereiro mas, como não tinha dores, que ia trabalhar na segunda-feira e que faria o que conseguisse. Agradeci-lhe e expliqui-lhe que a mim não me preocupava a casa, apenas me preocupava que ela fosse buscar o Henrique e que tomasse conta dele. O resto ia-se fazendo. Ela o que conseguisse e eu o resto. E fiz questão de sublinhar que se, por acaso, acontecesse alguma coisa, para ela me avisar durante o domingo porque se ela não fosse trabalhar eu tinha de sair mais cedo para ir buscar o meu filho à escola. "Esteja descansada que se acontecer alguma coisa eu aviso no domingo".
Ok, dois anos lá em casa eu achei que fosse o suficiente para poder confiar nela.
E ontem vim trabalhar descansada. E quando chego a casa, quase sete da tarde, e ponho a chave à porta, sinto que não está ninguém do outro lado. Nem Henrique, nem Chica nem nada. Telefono para a escola em pânico. O Henrique estava lá. Procurei, em vão, no meu telefone a mensagem da Chica onde ela dizia que tinha acontecido algo e que não podia ir trabalhar.
Tentei ligar-lhe, não me atendeu.
Deixei-lhe um sms a pedir que me ligasse urgentemente. Ainda não o fez.
E agora? Estou capaz de a matar. Ou entrou em coma ou não tem desculpa.
Acho que vou voltar às tarefas domésticas.
segunda-feira, fevereiro 02, 2009
Partilhas
Mas eu achei que tínhamos motivos para festejar. Os meus exames estão porreiros e dão-me mais seis meses de tranquilidade, o gajo da Azeda também anda fixolas (apesar dos sustos que gosta de nos pregar) e, por isso, achei que deviamos estar juntas. Rir, beber, comer, cortar na casaca de alguém, enfim, fazer aquilo que quatro gajas juntas gostam de fazer. Desta vez convidámos mais uma marretinha para o jantar, amiga de todas e também ela a precisar de arejar. E lá fomos até ao Bonsai, debaixo de chuva mas com o coração quente.
E foi bom, muito bom. Muito sushi, sashimi, saké, chá verde, conversa, riso, desconversa... como sempre.
Mas há coisas que mudam e nós, minhas caras marretas, estamos a ficar velhas:) já não nos serve a mesa baixa, onde tanto gostávamos de comer, porque tinhamos alguma privacidade. Desta vez foram muitas as reclamações: dores de costas, não tenho onde meter as pernas, não tenho onde me encostar... já percebi a indirecta: da próxima temos de comer como gente crescida, nas mesas e cadeiras dos crescidos.
Mas foi bom, muito bom. Fiquei a saber que duas de nós acham a Anjelina Jolie desiquilibrada, que uma de nós dispensava uma table dance protagonizada pelo George Clooney (aviso já que não sou eu), que outra de nós se repugna de cada vez que falamos de amamentação; que outra vai amamentar até que uma dentada lhe tire um mamilo; que outra deixou de beber leite e a sua vida melhorou; que outra nem se importava que a table dance fosse protagonizada pelo Rodrigo Santoro (acuso-me) e que todas estamos imensamente tesas e co vontade de viajar.
E mais lá para o meio da noite quando descemos e subimos o BA à procura de um bar onde não se fumasse (e não encontrámos) cheguei à conclusão que estamos mesmo a mudar:)
Obrigada!