quinta-feira, dezembro 21, 2006

Hoje estou musical, deve ser do Natal

A música é grande! enche-me a alma, principalmente nos momentos mais tristes.
É Natal, é Natal

Um miminho.
O tempo que perdi a tentar decifrar a história deste vídeo. Sim, porque eu ainda não sabia inglês....
Feliz Natal

quarta-feira, dezembro 20, 2006

A minha alma está parva

O La Féria é o nome escolhido pela Câmara Municipal do Porto, na pessoas do seu mui nobre presidente (desculpem mas sou alérgica a escrever o nome desse fascista) para gerir o Rivoli. Palavras para quê?

terça-feira, dezembro 19, 2006

Vamos lá a rir um bocadinho



A vida vai correndo.
Há coisas que não se podem mudar, independentemente do nosso estado de espírito. O trabalho é uma delas.
Para aliviar as dores (do corpo e do espírito) meti-me a adaptar este livro. Precisava de algo divertido, leve, para me ausentar das tristezas.
E que livro!
Divertido, muito divertido.
Começo aqui a publicar algumas das preciosidades nele contidas.
Obrigada, Claudia Tajes

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Isto sim, deixa-me de bem com a vida



For once in my life. Bennett e Stevie Wonder.

For once in my life I have someone who needs me

Someone

I've needed so long

For once unafraid

I can go where life leads me

And somehow I know I'll be strong
For once I can touch

What my heart used to dream of

Long before I knew

Someone warm like you Could make my dreams come true

For once in my life

I won't let sorrow hurt me

Not like it's hurt me before,

oh For once I've got someone I know won't desert me

'Cause I'm not alone anymore
For once I can say

This is mine, you can't take it

As long as I've got love I know I can make it

For once in my life I've got someone who needs me

Bela prenda de Natal. Ainda não tenho.

E ainda falta uma semana para o Natal...

Ponto prévio: eu gosto do Natal. é verdade que este ano as coisas não estão a correr como nos anos anteriores... mas, mesmo assim, eu gosto desta época. dos doces, de escolher prendas, de ver as luzes nas ruas, de estar em família, de receber amigos...
Só que este fim-de-semana foi, no mínimo, intenso e se assim continuar garanto que há fortes probabilidades de passar a ser uma daquelas mulheres a que a palavra Natal provoca uma urticária generalizada.
Sexta-feira:
-sair do trabalho a correr para ir para casa tratar do filho e do jantar para dois familiares convidados
Sábado
- almoço em casa de amigos que terminou por volta das 17h
-corrida até casa para apanhar as prendas das amigas com quem ia estar num lanche de Natal. Lá trocámos prendas e demos o gato à tininha.
- corrida para casa para o jantar com mais dois amigos. Antes disso, rápida passagem pelo supermercado para comprar iguarias em falta.
Domingo:
- levar o filho ao parque porque o fim-de-semana não pode ser só para os adultos
- almoço com amigos da faculdade. Entre o frango assado e as batatas fritas, lá tivemos tempo para pôr alguma da conversa em dia (Su gostei de te ver embora tivesse um diabo de dois anos e meio entre nós), trocar umas prenditas e dar uns abraços.
- lar, doce lar, para meter o miúdo na cama. Isto sem sesta fica ainda pior.
- fim da tarde, voltamos para o carro. "Henrique, vamos ver o presépio da mãe da tia Catarina".
- Ás oito da noite lá fizemos a tão prometida visita à Avó Emília. Visita curtinha, e que deveria ter sido a maior porque, no fundo, são eles os que mais precisam de mimo e atenção.
Mas o Natal tem destas coisas, põe-nos loucos com a nossa própria agenda social.
E, por vezes, trocamos as prioridades.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Olá Carolina

A Carolina nasceu. O Natal chegou mais cedo com a vinda desta princesa que veio alegrar a vida de muitos.
Parabéns Carolina! Parabéns papás.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Excursionar

Ontem, quando cheguei a casa, tinha na caixa do correio um panfleto a anunciar umas fantásticas excursões a várias partes do nosso país. Do passeio natalício, com paragem em Fátima para pequeno-almoço de Natal, ao fim-de-semana na Serra da Estrela, eram várias as sugestões apresentadas, capazes de agradar muito boa gente.
Ao olhar para aquele panfleto não pude deixar de sorrir. Ao contrário deste tipo de excursões - que se destinam apenas a tentar vender produtos de uma tal empresa de seriedade duvidosa sob a desculpa esfarrapada de oferta de 2l de azeite (sim, é verdade) - lembrei-me das minhas excursões. Daquelas que fiz durante a minha infância com a minha família. Numa altura em que o dinheiro não era muito e as viagens de carro se resumiam à grande romaria anual à terra dos meus pais, o país foi-me dado a conhecer através dessas excursões, viagens organizadas por grupos de amigos e vizinhos que queriam passar algum tempo juntos e longe das suas vidas quotidianas, de muito trabalho e pouco lazer.
A minha mãe costuma dizer que fiz a minha primeira excursão com poucos meses de vida - O Bom Jesus, em Braga, foi o destino.
Depois das excursões familiares vieram as escolares... e que excitação. Lembro-me perfeitamente de não conseguir dormir com a excitação do dia seguinte, com o terror ante a possibilidade de não conseguir acordar a horas.
Hoje deixo-me seduzir pelo conforto do carro para viajar peloa país, faço-o com a minha família: somos três. É bom, muito bom. Mas ontem, senti-me nostálgica ao ver aquele panfleto. Tive saudades da camioneta cheia, do farnel para o almoço, do espírito de camaradagem entre vizinhos, da escolha do melhor lugar para a viagem.
Ontem apateceu-me ser pequenina outra vez.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Chegou o Natal


Ontem fui à Baixa mostrar as iluminações de Natal ao meu filho. Ele, que é louco pelo Natal, pelas luzes, pelas cores, pelo pinheiro e pelo Pai Natal (desde que mantido a uma distância mínima de segurança, claro está).
Ontem fui à Baixa, subi e desci a rua do Carmo, circundei o sino gigante do Rossio, desci a rua Augusta, tirei a fotografia da praxe em frente à "maior árvore de Natal da Europa", subi a rua Nova do Almada e regressei a casa.
Ontem estive de mãos dadas com os meus dois amores (por imposição do mais pequeno dele, claro) e com uma amiga muito querida. Comemos castanhas, demos as mãos e rodopiámos, os quatro, qual de nós a criança mais pequena.
Ontem, inundados pela inocência de um miúdo de dois anos, estivémos ali, próximos, livres, nem que por breves segundos, alheados das nossas dores. E, pela primeira vez este ano, fez-se Natal no meu coração.

Afinal nem tudo corre mal na vida..

Morreu o Pinochet...
porra, uma boa notícia em semanas.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Conversa alheia

Se há coisa que gosto de fazer quando estou sozinha é deixar-me levar pelas conversas alheias. Estar sentada numa qualque esplanada e, sem querer, sem pedir, ser informada de alguma verdade cabeluda, é, no mínimo, irresistível.
Hoje fui ao Chiado, e como eu gosto do Chiado.
De passear pelos alfarrabistas, de ver as pessoas nas esplanadas, de sentir a luz da cidade.
Hoje fui ao Chiado almoçar e enfrentar a loucura das prendas de Natal em falta.
Sentada numa pequena mesa a tentar mastigar um hamburguer sou surpreendida pelas verdades insondáveis da mesa ao lado.
Há pessoas que ainda se preocupam com a vida alheia, que vivem a vida dos famosos como se da sua se tratasse... ri-me, ri-me muito, mas depois fui invadida por uma certa tristeza... viver desta forma a vida dos outros faz-nos pequenos, sem mundo...
Será?

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Back to Basics


Hoje regressei aos básicos... e que bons que são. Radiohead no seu melhor
Let Down
Transport, motorways and tramlines,
starting and then stopping,
taking off and landing,
the emptiest of feelings,
disappointed people, clinging on to bottles,
and when it comes it's so, so, disappointing.
Let down and hanging around,
crushed like a bug in the ground.
Let down and hanging around.
Shell smashed, juices flowing
wings twitch, legs are going,
don't get sentimental,
it always ends up drivel.
One day, I am gonna grow wings,
a chemical reaction,
hysterical and useless
hysterical and
let down and hanging around,
crushed like a bug in the ground.
Let down and hanging around.
Let down,
Let down,
Let down.
You know, you know where you are with,
you know where you are with,
floor collapsing, falling, bouncing back
and one day, I am gonna grow wings,
a chemical reaction, [You know where you are,]
hysterical and useless [you know where you are,]
hysterical and [you know where you are,]
let down and hanging around,
crushed like a bug in the ground.
Let down and hanging around.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

esta é difícil...

- Mãe, gostas da Floibela?
- De quem, Henrique?
- Da Floibela?
- Quem é essa?
- É aquela menina bonita que canta.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Hoje queria estar aqui



No verde e amarelo dos campos de girassóis da Toscana... longe da chuva que se abateu sobre a minha cidade; longe do cinzento que se abateu sobre mim.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

E no meio de tantas dores surgem as minhas

22h10
Mãe: Desculpa estar a ligar a esta hora mas preciso de ajuda. Tu e o teu irmão têm de ajudar o pai a sair desta apatia...
Filha: ... Queres que fale com ele?
Mãe: Quero tê-lo de volta. Não aguento tanta tristeza

Não sei

Porque me doem tanto estas mortes?
Por não saber a que distância está a minha? Por ser obrigada a pensar nisso todos os dias?
Por querer receber nos meus braços as que me são especialmente queridas e muito sofrem?
Por que não consigo seguir em frente, eu que nem era íntima de nenhuma delas, que nem os conhecia a eles?
Porquê?
Por que motivos os meus olhos se enchem de água de cada vez que penso nelas, no que já não vão viver...

sábado, dezembro 02, 2006

carta Aberta à "jornalista" Catarina Cristao


Vidas de infortúnio
Assim se chama o texto assinado por Catarina Cristão na última ediçao do semanário Sol. A notícia promete ser importante, já que tem chamada à primeira página e anuncia contar a história dos quatro portugueses mortos no Chile.
A mim, que sou uma pessoa crente na capacidade dos jornalistas, pareceu-me que iria ver no interior do jornal um perfil dos quatro amigos (coisa que me parece ainda não ter acontecido, pelo menos não na mesma publicação).
Mas não, nada disso, o que Catarina Cristão nos traz é, longe de ser uma bela peça de prosa, ou mesmo um belo texto jornalístico, um pedaço de lixo. Uma vergonha.
Nao é um texto ofensivo para as famílias, nao tenta apontar pormenores sórdidos das vidas destes quatro amigos. Mas, a meu ver, é ainda pior, do ponto de vista jornlístico. E vejamos se me consigo explicar, porque a minha indignação é tao grande que tenho receio que me tolha o raciocínio.
Para começar, cara Catarina, gostava de saber qual é o seu ponto de vista nesta notícia. Onde está o seu lead? qual é o seu objectivo? Dar-nos informações concretas sobre a morte deles não é, porque não nos dá novidades: pode ter sido o mau tempo. Sim, pode. Mas também pode não ter sido. Não é dizer-nos quando serão os funerais ou quando os corpos poderão chegar a Portugal (pode ser hoje ou amanha, diz você referindo-se a sexta ou sábado). Ora eu, assim como grande parte dos amigos da Zé, da Cláudia, do César e do André sabemos que é mentira e sabemos quando é que eles chegam. (Informou-se mal...)
Então o que a move, se não o sentido de informar o leitor?
Só encontro uma resposta: o sensacionalismo usando o seu mais vil disfarce: o de um suposto trabalho sério e algo poético sobre a morte de "colegas" de profissão.
O que lhe importa não é a morte destes quatro amigos, pessoas que valem o mesmo, em termos de vidas humanas. Por mais que gostasse da Cláudia, sei que a morte dele é tao estúpida como a da Zé, a do César ou a do André. É igualmente brutal, é igualmente inexplicável.
Isto para mim, porque para si a coisa é diferente. Para a sua brilhante mente (de resto tão brilhante quanto a do editor que permitiu a publicação do texto em questão), o quer importa é o grau de desgraça que cada uma destas pesoas coleccionava antes de morrer.
Vejamos: a Zé tem honras de abertura e destaque não por ser a pessoa extraordinária que decerto era, mas porque já não tinha pai nem irmão, deixando a sua mãe sozinha neste mundo.
Não se atrapalhem no entanto, diz-nos a Catarina Cristão, porque, e passo a citar, "a mãe é uma pessoa muito espiritual e terá recebido a notícia com alguma serenidade." A sério? Acha mesmo normal que isso tenha acontecido Catarina? ainda bem que nos deu esta informação.
A segunda pessoa em destaque é o César. e porquê? Porque na contabilidade das mortes estava à frente dos outros. Já tinha perdido o pai e a mãe.
O César é, para si, mais importante que a Cláudia que, nesta contabilidade mórbida, só podia reclamar a morte do pai. Ah, isto se "uma irma gravemente doente" não for suficiente...
O André, o mais novo dos quatro, tem direito a três linhas nesta pela peça. Já adivinharam, por certo. Tem pais e irmaos vivos. Que desperdício...
É triste, revoltante, este tipo de jornalismo.
Eu já não tenho carteira profissional e, confesso, fiquei especialmente aliviada por não a ter. Porque, no momento em que li esta notícia, senti uma enorme vergonha pelas pessoas que me são muito queridas e que são jornalistas. Jornalistas à séria, não como você, Catarina.

P.S- No destaque do seu texto aparece "Maria estava com medo..". quem é Maria? Se não sabe, para os amigos ela era Zé. Quer ser poeta, escreva um livro. Quer fazer bonito a escrever? Então leia o texto da Fernanda Câncio na edição de 26 de Novembro do Diário de Notícias e aprenda como se pode fazer bonito, escrevendo bem.
ACTUALIZAÇÃO:
- Como se não bastasse o facto da notíca por si já ser grave eis que sou informada que os pais do César não morreram. Inacreditável. Inacreditvável. O que se pode dizer deste tipo de jornalismo?