quinta-feira, maio 28, 2009

Nem tanto ao mar....

Ponto prévio: eu não gosto do estilo de jornalismo praticado pela Manuela Moura Guedes. A sério que não gosto; encanita-me com os nervos a forma como ela está sempre a dar a sua opinião, sempre a dizer o que pensa, sempre a fazer comentários. Não gosto e não acho que seja bom jonralismo.
But enough is enough. De repente ela passou a ser o monstro do jornalismo português? O bicho papão? Poupem-me. Como alguém, e muito bem, me recordou há dias, o jornal da TVI é o único que tem agenda, que não deixa cair histórias, que vai atrás das promessas feitas para ver se foram cumpridas. quantas vezes, enquanto jornalistas, nos lamentámos do que não conseguimos escrever ou dos constrangimentos que tivemos ao fazer uma peça porque podia beliscar alguém? Duvido que isso aconteça naquele jornal. E tenho muito respeito por vários profissionais que lá trabalham a começar pela Constança Cunha e Sá, passando pela Rita Ferreira, pelo Vasco Rosendo, só para nomear alguns.
As peças daquele jornal são, na sua grande maioria, bem feitas.
Não é o telejornal que veja por norma, mas não fica atrás do da SIC ou do da RTP.
E quando me falam de perseguição ao Governo eu tenho vontade de rir. Eles têm memória, que é coisa diferente e que falta a muito boa gente. Se o governo prometeu algo e não cumpriu deve ser chamado a prestar contas, ou não? Ou é melhor assistir a entrevistas como a do Mário Crespo ao Alberto João Jardim em que fez comentários do género "As eleições que o senhor tão brilhantemente ganhou"?
Resumindo, eu não gosto do estilo da Manuela Moura Guedes, mas fazer uma "causa" no facebook para lhe oferecer o código deontológico parece-me um exagero. Até porque, se fossemos enviar uma cópia a todos os jornalistas que precisam de uma, tinhamos um bestseller em mãos.

terça-feira, maio 26, 2009

Isto se não fosse trágico era mesmo cómico

Está uma gaja em casa, à noite, à espera que a tosse do seu filho passe para poder ir para a cama e a ver a AR tv pnsando que ali só passam coisas sérias, quando vê e ouve o sr. Oliveira e Costa a pôr às mãos à cabeça lamentando, não a gestão danosa e o muito que deve ter roubado nestes anos no BPN, mas o facto de ter sido um viciado no trabalho e de não ter lido um livro por mês, porque se aprende muito a ler livros. Mas este senhor anda a gozar com quem trabalha?

A isto eu chamo representação

Deus sabe que eu não sou uma rapariga de direita, cruzes canhoto, mas dá gosto ver o modo como Nuno Melo está preparado de cada vez que há uma comissão de inquérito ao BPN. Não sendo ele caso único (mas é raro), devia servir de exemplo a muitos dos senhores que se passeiam pela AR.

segunda-feira, maio 25, 2009

Quem sai aos seus...

O meu filho não é uma criança diferente das outras. Mas gosto de pensar que, talvez fruto dos pais que tem, se sai com algumas respostas de morrer a rir. Vejamos algumas das últimas cenas que protagonizou.
1 - A avó materna, aproveitando que os pais estavam em Marraquexe, decidiu levar o seu neto à missa. Actividade clandestina já que os pais nao são nem tencionam ser dessas coisas. Tudo bem. Gostou, cantou, deu beijinhos mas ficou fulo no momento em que "a avó comeu aquela coisa" e ele não. E quando a avó lhe disse que ele não podia comer aquela coisa porque era muito pequeno e não era baptizado ele respondeu: "mas eu não quero que me molhem todo com água fria e se não posso comer aquela coisa não volto à missa". Quando lhe perguntei o que tinha achado resumiu tudo ao seguinte: "é giro, repetimos o que o senhor diz, damos moedas mas não me deixam comer aquela coisa".
2 - Sábado às 14h00. Urgências do D. Estefânia. 39,9ºde febre. A médica olha para ele, faz conversa de cerimónia a diz-lhe "deita-te aí nessa caminha para eu te ver". Ele deitou-se e ficou a olhar para ela. No momento em que lhe começou a mexer na barriga ele encolheu-se. "Então?" perguntou a médica. "Então o quê", respondeu ele, "Ver não é mexer". Ao que ela remata dizendo, "ai tu és desses, dos explicadinhos. Os teus pais devem ser frescos."
Talvez sejamos!

E agora?




Expliquem-me, por favor, como é que se passa destes encantadores olhos verdes, deste saleroso treinador que parece que canta enquanto fala, para este senhor de juba branca que dá pelo nome do filho do Criador?
Alguém tem esperança que, com Jesus chegaremos a campeões? É claro que não. Já que não posso mudar o presidente (um colosso de homem, diga-se de passagem), pelo menos não me levem o Quique. Logo agora que fiz o meu filho sócio... não há direito.

domingo, maio 24, 2009

Muito bom

Não tenho grande respeito pelo Dr. Marinho Pinto. Mas depois de sexta-feira passada subiu uns pontos na minha consideração. Esta senhora merecia ouvi-las.

sábado, maio 23, 2009

Um outro mundo



Chegámos há menos de 48 horas, mas parece que já foi há uma eternidade. Marraquexe. Quatro dias para descansar acabaram por ser muito mais que isso. Foi um contacto com uma nova cultura, um outro mundo que, apesar de tão perto do nosso, está muitíssimo distante.

Marraquexe é uma cidade bonita, caótica, colorida. Uma cidade de tons e texturas. Mas é também uma cidade de contrastes, em tudo diferente do que estava acostumada a ver. Esta viagem foi, para mim, uma lição de vida. Bastou-me vê-la com olhos de ver, observar para lá do colorido dos souks ou do glamour dos restaurantes para turistas.
Olhar aquela cidade fez-me perceber o quão afortunada sou.

sexta-feira, maio 15, 2009

Amália Hoje? Prefiro a de ontem

A Sónia Tavares que me perode, mas a minha gaivota é esta.

E, para que conste, eu gosto dos Gift e não tenho mesmo nada contra versões. Quando bem feitas.

terça-feira, maio 12, 2009

Só por ser para ti

A minha querida amiga Gata lançou-me o desafio. E olhem que não é fácil, nada mesmo. Mas só por ser para ela vou puxar pela cabeça e, mesmo correndo o risco de me esquecer de algo mesmo muito importante, vou listar por ordem de lembradura e não de importância. Mas apenas séries do meu passado. Nada de Sexo e a Cidade, nem de 7 Palmos, nem 24. Apenas as que me ajudaram a crescer.

1 - O Barco do Amor - palavras para quê?
2 - Crime disse ela - gostava mesmo
3 - A árvore dos Patafúrdios - adorava que o meu filho tivesse um guarda Serôdio na sua vida
4 - Os Trintões - aquela Hope não tinha emenda. E oMichael? Tão giro!
5 - Serviço de Urgência - as duas primeiras séries são do melhor que há
6 - Os Três Duques - sempre sonhei em entrar para um carro daquela maneira
7 - Modelo e Detective - o jogo do gato e do rato entre aqueles dois... maravilhoso
8 - Mc Giver - aqui acho que por culpa do meu irmão. Sábado às 19h... aquilo era uma missa
9 - O Tal Canal - ehehehehe
10 -Foulty Towers - don't mind him, he's from Barcelona - é uma das minhas deixas favoritas
11 - Os Soldados da Fortuna
12 - O Justiceiro
13 - Fama - quem nunca usou umas caneleiras coloridas que atire a primeira pedra
14- Alf
15- All in Family - não me lembro do nome da série em português, mas adorava as piadas racistas do Archie

Azedices

Na sexta-feira lá estávmos. Cansadas, com o peso de uma semana nas costas, mas lá estávamos, umas para as outras. Aprumadinhas para que nenhuma de nós decepcionasse as outras.
E foi bom, falámos de tantas coisas. Umas importantes, outras nem por isso. E rimos. E bebemos uma bela garrafa de vinho tinto argentino. E no meio daquela algazarra uma voz ficou a ecoar em mim. Uma de nós alertou-nos para as nossas azedices, para as nossas zangas constantes com o mundo.
E aqui estou eu, a pensar nisso, nesta arrelia constante com o que corre mal. E pergunto-me se é mau ou errado, ou uma troca de prioridades...e acho que não. Embora entenda e concorde com grande parte do que a minha amiga disse, a verdade é que acho que me devo continuar a chatear e a indignar com o que me rodeia. Prova que estou viva, prova que tenho sentido de justiça, de civismo, do que quer que seja. O que tenho de fazer, e aí dou-lhe razão, é de relativizar a coisa. Gritar, espernear, mas depois deixar passar.

quinta-feira, maio 07, 2009

Há dias assim...

O dia de hoje começou mal, muito mal. Lá estava eu a sair de casa a correr rumo à fabulosa Alfragide quando chego ao sítio onde a minha mãe disse que tinha deixado o meu carro e tudo o que encontro é isso mesmo: o sítio. Cheia de boa vontade pensei que o meu querido marido tivesse decidido ir para o trabalho na nossa velha carcaça corsa de 14 anos e tivesse deixado a volvo, linda e maravilhosa e com rádio, para mim.
Voltei a casa para apanhar as chaves da dita volvo azul metalizado com leitor de cd maravilhoso e só encontro as chaves suplentes. Eh pá, aqui há gato, de certeza. Voltei à rua e pus-me a rever mentalmente as minhas últimas 48 horas na esperança de ter um flashback providencial que me dissesse que, afinal, eu tinha andado com o carro e o tinha estacionado num outro local. Mas não, a memória não me trouxe nada de novo por mais que puxasse por ela.
Depois de ter corrido a rua toda à procura do carro "caí na real" (uma das minhas expressões favoritas) e decidi telefonar à Emel, só para despistar a hipótese. E tudo se tornou dolorosamente real quendo, depois de ter dito a matrícula do carro ao senhor ele me respondeu "um corsa branco?". Fim do sonho.
80 euros assim, de mão beijada. Ah, e o pequeno pormenor de não poder ser eu a levantar o carro por não estar me meu nome...
Estupidamente liguei de imediato à minha mãe pedido-lhe que da próxima tentasse não estacionar o carro numas cargas e descargas... ela ficou desolada e eu, ao contrário do que pensava, não me senti mais aliviada por descarregar nela a minha ira.
E desta vez nem fiquei chateda com os senhores, a sério que não. Nós é que estacionámos mal o carro, a verdade é essa. O que me aborreceu foi alguém o ter estacionado lá. Mas, apesar deste início nada sorridente de dia, não me posso queixar do fim. Aqui estou. sentada na cama, gozando de mais uma das minhas noites de quinta-feira, aquelas em que não há televisão, se come duas batatas fritas e, para terminar, acabamos os dois aqui, na caminha da mãe; eu e o meu capitão super cueca de quase cinco anos.
E pelo meio ainda tive direito s rever algumas pessoas maravilhosas: a Patrícia Reis, de quem tanto gosto, e o Zuenir Ventura, esse grande senhor das letras, esse coração generoso. E aqui, do cimo do fim do meu dia, nem me posso queixar.
Amanhã há mais

quarta-feira, maio 06, 2009

Dia da Mãe

Foi maravilhoso olhar para aquela carinha logo pela manhã, onde estava estampada a ansiedade de ser o primeiro a dar o presente à mãe. "Já é domingo?", perguntou-me. "Sim", respondi. "Então anda pai, preciso da tua ajuda".
E lá foram os dois ao escritório. E lá voltaram com a mais bonita das prendas que recebi: um magnífico livro de receitas feito por ele. Com direito a coração de brilhantes e fogo-de-artifício.
Fica prometida a foto.