quinta-feira, novembro 26, 2009

Obrigada

Quem me conhece sabe que não sou uma heroína, nem tenho grande coragem. Sou apenas uma gaja com muita vontade de viver. ALiás, o que eu mais tenho é medo. Medo de morrer. E deve ser por isso que me agarro muito à vida e que tenho ultrapassar os obstáculos que me aparecem. Há momentos melhores e momentos piores, como na vida de todas as pessoas. Também não escrevo para dar conselhos. Escrevo porque gosto. Escrevo porque, durante vários anos, a minha profissão passava pela escrita; escrevo porque a dada altura da minha doença senti necessidade de expurgar, de me renovar matando os meus fantasmas. Por esse motivo aceitei as crónicas da Pais & Filhos e confesso que fiquei muito triste quando elas acabaram (percebo que se queiram outro tipo de histórias); por esse motivo escrevo aqui, se bem que não com a frequência desejada. E, embora escreva mais para mim do que para os outros, não nego que fico muito feliz quando leio o comentário de alguém que me lê e que encontra nisso alguma inspiração.

Obrigada Marta, pelo seu comentário. E aproveito para dizwer que não tenho Fox Life. Tenho meo... só a partir de Janeiro é que passo a ter Fox Life. Até lá tenho mesmo de me contentar com a 5ª série na RTP 2

terça-feira, novembro 24, 2009

post interrompido

Eu tinha boas intenções, sim tinha. E muito para contar. Mas começou a anatomia de Grey... vai ter de ficar para mais tarde

quinta-feira, novembro 19, 2009

Podia ser pior. Podia?

Não falo da gripe A, até ver estamos a salvo. Mas hoje, depois de uma bela sessão de reflexologia, sabem como acabou o meu dia? A catar piolhos e lêndeas da cabeça de um puto de cinco anos. Podia ser pior. Podia? NAAAAA

quinta-feira, novembro 12, 2009

fazer de conta

Hoje, durante o jantar o Henrique disse, "mãe nunca mais vamos ter o nosso dia?". O petiz referia-se às nossas quintas-feiras, aquele dia em que o pai trabalha noite dentro e ele vem para a cama comigo. Com o pai de baixa torna-se difícil o ritual das quintas-feiras.
Mas o pai apresentou a solução perfeita "vou ali para a sala ver televisão e faz de conta que estou no jornal a trabalhar". E assim foi, depois do jantar o pai despediu-se com "um beijinho que vou trabalhar". E aqui está ele, a roncar ligeiramente, com os pezinhos enroscados nos meus.
E é muito bom.

quarta-feira, novembro 11, 2009

nas pequenas coisas

estás nas pequenas coisas do meu dia-a-dia, pai. Nas pequenas frustrações, nos insignificantes gestos do quotidiano, nas mais simples memórias. Hoje à noite, quando chegávamos a casa depois da natação, o Henrique disse, "Olha ali o teu pai, no céu". E eu senti-me verdadeiramente acompanhada por ti.
Este fim-de-semana, enquanto tomávamos banho, olhou-me com aqueles olhos de criança cheia de medo e disse "Mãe, nunca te vou esquecer. Nem quando morreres. Eu também não esqueci o avô António".
Por isso pai, como podes ver, estás em nós, na peça de roupa que comprei quando te fui ver ao hospital, na frase que dirias, no petisco que como e que sei que adoravas... estás em tudo e nem por isso as saudades são menos.

segunda-feira, novembro 09, 2009

Algo vai mal

quando a minha banda sonora é o OK Computer.

segunda-feira, novembro 02, 2009

Ele há dias...

Em que as coisas simplesmente não correm bem. Passei o dia a correr, cheguei a casa tarde, dediquei-me a tratar do puto e a fazer um belo jantar, lulas recheadas (óptimas, por sinal). E o que é que acontece? Alguém adormece e não vai jantar, apesar de ter sido chamado três vezes... ele há dias do caraças