quinta-feira, agosto 12, 2010

Dificuldade

Uma das grandes dificuldades da maternidade é dar um castigo e mantê-lo com a firmeza que se impõe. Hoje cortou-me o coração não ter voltado ao Pavilhão do Conhecimento com o meu filho. Passámos lá duas horas de manhã (tempo insuficiente para se ver aquele mundo de experiências em condições) mas tivemos de interromper a visita para ir a casa almoçar com o pai. Ficou a promessa de voltarmos à tarde. Só que, a caminho do carr, ele saiu-se com uma tirada que me deixou com vontade de o espancar. Estava eu a tentar ser pedagógica e a explicar-lhe que tínhamos de ir a casa para passarmos algum tempo com o pai que ia almoçar connosco, quando ele se sai com um "Porque é que não te calas? Estás sempre a falar." Não o espanquei, é verdade, mas o castigo doeu-lhe tanto que até a mim me doeu.
O resto do dia correu bem e acabámos no chiado a dar voltas na Fnac e a torrar dinheiro na Benetton, mas não foi o dia que ele queria. Eu fiquei triste com a minha decisão mas acho que fiz o que tinha de ser feito. O Henrique tem 6 anos (feitos há menos de dois meses). Não pode dar as respostas que dá de cada vez que as coisas não correrm como ele quer. Mas, apesar de sentir que estou a fazer o que é correcto, não consigo deixar de achar que isto é muito difícil.

3 comentários:

Helena Barreta disse...

Também sei que é difícil, mas para nós, pais preocupados com a boa educação que pretendemos dar aos filhos. Eles, os filhos, sabem bem por que razão estão de castigo, tenho para mim que eles têm percepção quando "pisam o risco", quando "esticam a corda", por isso aceitam melhor que nós os castigos que lhes damos.

Vá, não fique triste, fez o que achou ser melhor. Eu também tive dessas dores, mas digo-lhe, dão bons resultados.

Um beijinho

RJ disse...

eheheh
Já viste, se o Rei de Espanha tivesse tido sido castigado quando era pequeno, não teria passado por malcriado quando disse o mesmo ao Chaves;)

Fizeste bem! Eu teria levado uma galheta na idade dele!
bjs

Anónimo disse...

Como eu te entendo! Mas eu penso que as bases são o essencial de uma boa educação! Mais tarde já a coisa vai torta custa mais a endireitar! Beijos! Sandra S.