sexta-feira, maio 16, 2014

Ainda o satisfaz

Talvez eu estivesse muito cansada, talvez não me tenha explicado bem.
Ponto prévio: cada um (neste caso, cada pai/mãe, de preferência os dois em conjunto) sabe o que é melhor para os seus filhos.
O que aqui escrevi foi um desabafo de mãe que me parece perfeitamente razoável. Eu tenho um filho que é bom aluno. Mas que é muito muito preguiçoso. Por ele passava a vida a fazer pulseiras de elásticos, a jogar playstation e a ver televisão. E eu não quero isso. Quero mais e estou no meu direito, ou não? Eu quero que ele se esforce, que perceba que estudar é o seu trabalho. Não quero que ande a marrar nos livros como um perdido, ou que viva a pensar que tem de ser o melhor em tudo o que faz. NÃO ACHO MESMO. Mas daí a ter 54% num teste, vai uma grande diferença.
Que me desculpem as pessoas que aqui deixaram comentários a dizer que eu devia era estar caladinha porque não tenho um filho com necessidades educativas especiais. Na verdade, se me colocam as coisas assim, nesses termos... mas parece-me um bocadinho exagerado, não?

4 comentários:

Mónica disse...

há uma diferença entre a pressão para ser "o" melhor e a exigência para ser melhor. Esta ultima, faz sempre falta (ou devia!). Bjo

Raquel disse...

Claro q sim. Eu faria o mesmo. Preguicite aguda é uma coisinha assim para o terrível...

Vera disse...

Mas porque é que neste país se nota uma competição para ver quem é o mais coitadinho e com a vida mais miserável? Na sua casa e no seu filho "manda" você. É você quem sabe o que quer e conhece o Henrique como ninguém.
Não me pareceu minimamente um exagero, pareceu-me um post de uma mãe que sabe o que o filho consegue, mas que não se esforça muito para o atingir.
"Ai o seu filho tirou um 54%? Grave grave seria ser como o meu, que tem NEE.".
Ora bolas, isto faz-me, em menor escala, os elementos de uma dada profissão que ficam chateados porque o fulano X, com menos Y anos de experiência, ganha mais do que eles, clamando que X devia ganhar muito menos. Não deviam nivelar por cima e não por baixo? Argh...

Helena Barreta disse...

Entendi perfeitamente as suas palavras e percebo o ralhete, não me pareceu nada exagerado, até porque penso que é nosso dever enquanto pais e educadores sermos exigentes e não facilitarmos quando os resultados menos bons só se devem à calanzisse. O facilitismo, o deixar-andar, o premiar da preguiça, isso sim, é mau.

O Henrique agora ainda não sabe, mas não vai demorar muito a dar-lhe razão e a agradecer-lhe o que está a fazer.

Um abraço