quarta-feira, abril 17, 2013

Gente com tantas certezas....

E assim foi a minha segunda-feira: começou pela fresca, 8h30 da manhã na MAC para a minha primeira sessão de preparação para o parto. A sessão era a primeira de duas com a psicóloga da maternidade. Gostei imenso dela e muitas das coisas que disse deixaram-me mais tranquila em relação à forma como estou a viver esta gravidez.
A esmagadora maioria das mulheres que ali se encontram estão a viver a sua primeira gravidez. Apenas três já estiveram grávidas e apenas duas conseguiram levar a gravidez até ao fim. Por isso são muitas as perguntas de algibeira que se ouvem. As cuecas descartáveis, os sacos para o leite, as fraldas, as toalhitas... Tudo questões válidas de quem vai ser mãe pela primeira vez.
Mas o que me irrita mesmo é o oposto: é quem julga que, por já ter tido um filho, sabe as respostas todas. Eu estou um bocadinho preocupada com a forma como o Henrique irá lidar com a chegada da mana; que receios isso levanta nele, de que forma é que se sentirá ameaçado... Eu sei que o meu filho está muito feliz com a chegada da mana que foi um bebé muito desejado. Mas acho normal que tenha dúvidas e que haja momentos em que se sinta ameaçado. Parece-me normal que assim seja. Foram nove anos de reinado.
Mas na segunda-feira saiu-me, na rifa, uma daquelas mães que dá vontade de insultar. A sua filha não vai reagir ao nascimento do irmão porque ela, enquanto mãe, deu-lhe uma educação xpto. Ao contrário de mim, que devo ter criado um monstro. Acreditem que foi assim que me senti. Será que aquela parvalhona  não percebe que não é normal que uma criança não acuse o toque, não se sinta insegura... É quase impossível que isso não aconteça...
Talvez para a semana ela esteja mas calma...

2 comentários:

Helena Barreta disse...

Esse tipo de pessoas são doentes. Quer dizer, essa mãe afirma ter certezas em relação ao comportamento da filha, perante o irmão bebé, porque ela assim o determina. Como se fosse assim: podes isto, não podes aquilo, sentes isso, não senhora não sentes nada. Não há paciência.

Um beijinho

Paula Sofia Luz disse...

Inês, só percebi agora que os teus filhos vão ter exactamente a mesma diferença dos meus. A gravidez foi um delírio (esperámos 6 anos por ela...), cheia de mimos, de canções dele para a mana, encostado à minha barriga. Os primeiros meses também. Ela sempre delirou com ele (como ainda hoje). É claro que haverá momentos de ciúmes, mas tenho a certeza de que lidarão todos bem com isso. De resto, o mundo está cheio de certezas absolutas e de sábios. Por isso é que nós somos cá precisas :)))) bj