sexta-feira, dezembro 07, 2012

Como o castigo que te dei me dói

Esta noite castiguei o meu filho. Há muito que as palmadas se foram e os castigos, até esses andavam fugidos. Mas esta noite ele abusou. Descontrolou-se, não parou para pensar mesmo quando lhe disse para o fazer... E castiguei-o onde lhe dói mais: não o deixei dormir comigo sté o pai chegar. Hoje, que era o nosso dia. Ele implorou perdão, que queria muito, que estava arrependido ( se bem, que quando lhe expliquei que os castigos não se tiram, ele me disse que então se ia portar mal porque nada valia a pena), e eu tentei explicar-lhe calmamente que não podia voltar atrás, que o tinha avisado, que ele tinha de perceber como agir.
Tenho a certeza que todos os manuais de pediatria me dão razão. Mas a verdade é que me sinto mal com a decisão que tomei.

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu também por vezes quando tenho que castigar, venho para o trabalho com o coração partido... mas eu sei que tem de ser. Às vezes penso que o castigo doi-me mais a mim do que às minhas filhas...

Um abracinho de mãe para mãe.

apessoa disse...

não acredito que haja quem castigue os filhos de ânimo leve, quem ponha em causa a própria atitude e quem não sofra mais que o próprio filho... Mas até nós fomos castigados e não nos caiu nenhum bracinho por causa disso e aquilo que fazemos como mães e pais é apenas um pequeno exemplo do que a vida lhes reserva... Não fiques de peso de consciência, de certeza que ele um dia irá perceber e concordar que boas mães são as que se preocupam, que tomam atitudes e não as que fecham os olhos e deixam andar. Tu, tal como eu e outras mães que o fazem estamos apenas a ensiná-los a viver

Um beijinho (de mãe para mãe)

Helena Barreta disse...

Também acho que sim, sofremos mais do que eles, mas quando aplicamos os castigos é porque tem mesmo de ser.

O seu filho vai perceber que a mãe fez o mais correcto.

Um beijinho