quinta-feira, setembro 30, 2010

What a week

Já não venho aqui há alguns dias mas, acreditem, não é por falta de assunto. É mesmo por falta de tempo. Chego ao fim do dia tão esgotada que a última coisa que me apetece é voltar a pegar no computador e escrever.
Mas hoje foi um bom dia e, como tal, até dá para estar sentada no sofá e ter tempo e força anímica para aqui escrever.
As coisas com o Henrique não têm sido fáceis: a escola está a deixá-lo frágil porque ele está a perceber que, por vezes, as coisas são difíceis. Por vezes não somos os melhores, temos de aprender, temos de errar. E o meu filho, verdade seja dita, tem muita dificuldade em lidar com a frustração. Segunda-feira foi um horror: uma daquelas birras que quase nos faz perder o norte. Tive tanta vontade de lhe dar uma lambada daquelas de lhe virar a cabeça. Mas não o fiz. Em vez disso castiguei-o onde mais lhe dói. Não o deixei ficar com a bola na escola para jogar no recreio. E posso dizer que a birra foi horrível: ele chorou, esperneou, gritou, suplicou... Foi tão mau que eu só tinha vontade de me agarrar a ele a chorar também. Mas é importante, é memso importante saber que, às vezes, temos de ser firmes. Eu sou mãe. Ninguém gosta mais do meu filho do que eu. Adoro-o, quero o melhor dele e para ele. Mas não me posso esquecer que, por vezes, para educar é preciso ser firme. Mesmo que isso me parta o coração.
E na terça, quando tudo parecia correr bem, o fim da tarde acabou por ser mau. E na quarta também não foi grande coisa...
E isto dá cabo de mim. É um desgaste tão grande que o resto das coisas me parecem quase insignificantes. às vezes tento entender o meu comportamento e aquilo que posso melhorar. Sei que não sou a mãe perfeita, mas custa-me sentir que posso estar completamente ao lado do que devo fazer, que posso estar a contribuir, de alguma forma, para que ele não consiga crescer da melhor forma.
Hoje, no entanto, as coisas forma um bocadinho diferentes. Chegámos a casa tarde porque o levei ao Estádio da Luz a assistir a um programa da Benfica TV e, quando eu pensei que a birra ia começar ele surpreendeu-me. Fez os trabalhos de casa em três tempos (e bem feitos!!!), pintou os desenhos que tinha a pintar sozinho e foi para a cama sem dramas. Foi tão bom, tão bom que me lembrei que ser mãe é mesmo a melhor coisa do mundo.

1 comentário:

Helena Barreta disse...

Tenho para mim que essa firmeza tão necessária faz mais mossa em nós do que nos filhos. O seu filho vai agradecer-lhe, mais tarde, essa disciplina e firmeza nas decisões.

Um beijinho