quarta-feira, junho 02, 2010

Para gravar

Hoje, ao regressar a casa depois de me ter esquecido do telemóvel, ouvi do meu marido: "O Henrique disse que a mãe anda sempre a correr e está sempre cheia de pressa". E estou, até agora, com esta frase gravada na cabeça. Há uns anos atrás, depois de ter ficado doente, jurei a mim mesma que a vida que me restasse (fossem 5 meses ou 50 anos) seria para saborear. Que havia certas coisas que não me podia permitir, que havia caminhos pelos quais não queria enveredar. O tempo passou e essas certezas um dia tão claras foram ficando esquecidas. Há alguns meses, e depois da roda viva que tem sido a minha vida profissional, voltei a pensar no assunto; fui à minha caixa das memórias gravadas e puxei delas, trouxe-as para a superficie, voltei a escrever quais eram as minhas prioridades nesta vida e de que forma elas estavam a ficar esquecidas.
Esta manhã, depois de ouvir o que o meu filho disse, percebi que tenho de voltar ao caminho certo. E não me posso desviar

2 comentários:

Helena Barreta disse...

Por vezes esquecemo-nos como a vida é preciosa e perdemos o tempo em coisas perfeitamente dispensáveis.

Eu, depois de um susto daqueles e quando me vi num bloco operatório, o único frete que faço é ter que trabalhar, cumpro tudo aquilo que me é exigido, mas mais não faço, não mo permito, não quero.

Um beijinho e bons dias sem correrias.

Montana disse...

O problema é que a vida ás vezes não se compadece. Ele é a casa, ele é os filhos, ele e a prifissão, ele é tanta mas tanta coisa.
E ás vezes temos mesmo de ser nós a andar para a frente...