segunda-feira, dezembro 15, 2008

Peças soltas

Hoje, enquanto vinha para o trabalho, lembrei-me de ti, pai. Não penses que não me lembro de ti nos outros dias. Tu estás muito no meu pensamento. Mas hoje voltou-me à memória esta coisa da ironia do destino... eu, que andei tanto tempo a queixar-me que trabalhava longe da clínica e que era muito complicado visitar-te à hora do almoço, fiquei feliz da vida quando a empresa onde trabalho foi comprada pelo grupo Leya. Ia, finalmente, para perto de ti... e hoje, enquanto subia os Cabos de Ávila lembrei-me que de nada servia estar aqui tão perto da clínica... sabias que às vezes me perco? Já não é a primeira vez que dou por mim a caminho da Reboleira e só depois me apercebo que já não estás lá, que o meu destino é outro.
Fazes-me tanta falta... o teu silêncio, o teu olhar, a tua mão na minha. Ando tão perdida sem ti.

1 comentário:

Ana disse...

Perder o homem da nossa vida deixa um vazio...
O tempo não cura, a dor não desaparece, a ferida não deixa de estar lá...nós é que nos vamos habituando a viver com o vazio...
As saudades crescem e só ficam as boas recordações para nos consolar quando a tristeza espreita...