segunda-feira, janeiro 14, 2008

Gerir expectativas

Quando somos adolescentes oscilamos entre a verdade absoluta que ninguém nos entende e a esperança secreta que o príncipe encantado irá surgir. Ouvimos as discussões dos nossos pais, vemos os erros que cometem e pensamos que connosco vai ser dieferente. O ideal de felicidade absoluta parece-nos real. Eu, no meu caso concreto, chegava a pensar que mais valia estar só do que viver sem essa felicidade completa e absoluta.
A entrada na vida adulta e, sobretudo, na vida a dois, ensina-nos muitas coisas, a primeira delas é que a felicidade absoluta não existe. Podemos viver felizes, podemos ter momentos de felicidade absoluta, mas a vida adulta também é preenchida de grandes desilusões, de pequenos e grandes fracassos, de momentos infelizes.
O problema é quando não sabemos gerir expectativas, quando não conseguimos perceber que a vida é mesmo assim: boa e má, feliz e infeliz. Não nos conseguirmos adaptar às mudanças e Às dificuldades é uma merda, porque ficamos paralisados no meio da nossa frustração. E não conseguimos avançar, não conseguimos ver o lado bom da coisa. Ficamos ali, eternamente no lamento e no mau humor do que podia ter sido e não foi.
A isto chamo crescer e é por isso que a vida de adulto é tão difícil. E é por isso que cada vez mais vejo as pessoas sozinhas, sem paciência apra relações. Porque uma relação é, muitas vezes, sinónimo de ralação. E há quem já não esteja para isso.

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