É sempre assim. Invariavelmente. Quando as coisas correm muito bem, quando o dia nos mostra uma nesguita de felicidade, tem de haver sempre uma pedra no sapato, uma merdice qualquer que obrigue a que o dia acabe mal.
Hoje foi um bom dia. A sério que foi. Entrei oficialmente em estágio para o concerto de sábado. No iPod que ofereci ao meu marido e que me acompanha quase todos os dias, já só passa música desse grande ícone da música pop dos loucos anos 80, George Michael. Cheguei bem-disposta ao trabalho, consegui fazer tudo o que tinha para fazer (e não era pouco), fui ao ginásio à hora do almoço, fui visitar o meu pai e adorei vê-lo. Jogámos às cartas, ele estava alegre. Pela primeira vez em muitos meses vi um sorriso sincero no seu olhar. Saí do hospital com o coração cheio de alegria e esperança. A mim já não me importa muito se estes momentos de esperança e de alegria não passam disso, de momentos. Efémeros... contenta-me a sua autenticidade. Telefonei à minha mãe a contar-lhe a minha felicidade. Telefonei à minha sogra a dizer exactamente o mesmo: que há dias felizes e que devemos vivê-los com toda a intensidade que nos for possível. E estava eu nisto, nesta alegria partilhada, já à porta de casa a estacionar o carro quando levo uma daquelas panadas que me deixou a porta metida para dentro...
E o gajo ainda teve a coragem de dizer que eu estava a sair e não a estacionar. Aquela hora? Só ao estalo. O senhor Mané (assim se chama o senhor que me deu uma panada) estava tão convencido que eu estava a sair de um estacionamento que não me deixou outra via que não fosse chamar a polícia. E se pode parecer que a coisa acaba por aqui, desenganem-se.
A minha rua fica a cerca de 200m de uma esquadra. Mesmo assim tive de esperar 40 minutos para que a polícia aparecesse. 40 minutos de trânsito cortado numa rua de sentido único, com apenas uma faixa de rodagem e onde passam autocarros... Não foi bonito.
No meio de toda aquela confusão não conseguia encontrar a minha carta de condução. Fui a casa (mesmo ali do outro lado da rua) à sua procura. Regressada à companhia dos senhores agentes da autoridade lá lhes expliquei que não encontrava a bendita da carta. "Teremos de passar uma notificação para se apresentar na esuqdra, num prazo de oito dias, com a carta." "Muito bem", respondi. Trinta euros custa a notificação. Decidi voltar a olhar para a minha carteira e.... lá estava ela, no seu lugar de sempre. A minha carta. "Senho agente, está aqui, no seu lugar de sempre", disse a sorrir". Mas o sorriso durou pouco. Como já tinha começado a escrever a notificação e esta é numerada fui obrigada a pagar os 30 euros...
Amanhã espera-me o de sempre quando temos de falar com seguradoras: CHATICE na certa.
E tudo isto aconteceu já depois das seis, depois do fecho da hora de expediente. No fim de um dia que tinha sido tão bom.
2 comentários:
que treta. e, na verdade, que importância é que isso na realidade tem comparado com tudo o resto que contaste que foi maravilhoso e é muito mais importante. os imbecis vão ser sempre imbecis. Mas o teu pai, o teu dia, as pessoas de quem gostas estavam a sorrir e por isso não é a estupidez de uns anormais que vai fazer com que o dia que foi lindo deixe de o ser. beijinhos... tenho pena é que tou a ver que não te vejo... C.G.
vês sim, minha croma!
Mas eu ainda não acabei a minha tarefa... sorry
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