sexta-feira, novembro 03, 2006

Mas que porra!

Quando crescemos a vida altera-se significativamente: primeiro com as responsabilidades da nossa própria relação, depois a casa, os filhos, o trabalho... dou por mim, em algns das, a desejar ser pequenina, muito pequenina, assim como o meu filho, cuja preocupação maior é ver dois ou três episódios do Ruca de seguida.
Quando entramos na mítica barreira dos trinta, os problemas inerentes à nossa vida alargam-se aos nossos pais e à saúde deles. No meu caso, à minha própria.
Este tem sido um ano terrível. Comigo em recuperação sempre pensei que as coisas fossem mais fáceis, mas olho para o lado e só vejo desgraça e tristeza. Os meus pais, os pais dos meus amigos, os maridos dos meus amigos... A vida deixou de ser aquela coisa bonita e despreocupada para estar sempre envolta num papel muito grosso, que não deixa ver o que está lá dentro, sempre cheia de surpresas e muitas delas já não são agradáveis.
Quando pensamos que vamos, finalmente, ter alguma paz, que vamos começar a viver a vida com alguma plenitude, longe do buliço da adolescência, aí vem mais uma catanada e entramos na fase da suspensão, tudo em suspenso.

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