terça-feira, agosto 22, 2006

Obrigada L

Ontem o dia não foi particularmente bom. De corrida em corrida consegui ir ao escritório, passar por casa à hora do almoço para ir buscar o almoço do meu pai, passar no hospital, vê-lo comer, conversar um bocadinho com ele, levar-lhe o jornal, fazer-lhe um desenho, voltar para casa, almoçar, dar um pouco de atenção à minha mãe e ao meu filho, dar-lhe banho e, já no fim do dia, consegui sair para jantar com uma amiga.
E que bem que fiz.
Não que tenha deixado de estar triste, nada disso. Mas o meu estar triste é um sentimento prolongado no tempo e na minha existência; prende-se com a saúde do meu pai, prende-se com a sua tristeza. Mesmo quando sorrio, mesmo quando consigo fazer outras coisas que não pensar no seu olhar, ESTOU triste.
Mas ontem foi especial; um jantar bom, livre, solto, sem preocupações, sem máscaras. Nenhuma de nós precisou esconder-se da outra; nem foi preciso dizer porque estava triste ou porque estávamos ali. A minha amiga L é linda, no sentido mais pleno que a palavra possa ter: quando fiquei grávida costumava dizer que queria ser o tipo de mãe que ela é. E, apesar de saber que ela não se sente copnfortável nesse papel, espero que ela saiba que o que dizia era verdade, como o ainda é hoje. Ela não é obcecada com os certos e os errados da vida; vai fazendo, vai errando, vai aprendendo, vai crescendo...
Ontem foi muito compensador. Consegui sorrir com vontade.

1 comentário:

Anónimo disse...

O que é compensador é ter amigas como tu ... só pelo facto de puder encher o peito e a boca com essa palavra : AMIGA
Beijos
L