quarta-feira, março 15, 2006

As minhas miúdas

São muitas, as minhas amigas. Bem, não muitas mas as suficientes. Mas as minhas miúdas são três. Todas muito diferentes entre si, todas muito singulares. Todas fundamentais para a minha sanidade mental. Mas, como todas as amigas, nós também nos zangamos, fazemos birras, amuamos, embirramos...
Houve uma fase que era quse sempre eu a chatear-me com a mais velha. Mais sábias, às vezes mais insuportável, com a mania que sabia tudo, que tinha vivido mais do que qualquer uma das restantes. A verdade é que ela é mesmo a mais velha e, por isso, mais vivida. Mas também é verdade que a antiguidade não é posto e que todas nós temos coisas para ensinar umas às outras.
Depois da doença fiquei, eu acho, mais calma. Deixou de me interessar tanto o confronto. Se ela acha que a parede é amarela, embora eu tenha a certeza que é verde, não há problema. Para ela é amarela e para mim verde. Vejo isso apenas como tonalidades de uma mesma cor.
Somos quatro miúdas muito diferentes, mas muito amigas e solidárias. Por isso, fico triste quando me parece que as coisas correm mal, quando vejo impaciências, quando parecemos menos amigas.
Que raio.
Gajas, por favor, tenham calma. Não se percam com pormenores, não ponham tudo em causa.
Tenho saudades dos nossos jantares de Verão. Das roupas coloridas, das sandálias, das conversas frescas e soltas.
Voltem.

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