segunda-feira, outubro 08, 2007

Saudade

Hoje acordei com o som da voz do meu pai nos meus ouvidos... ele estava a cantar.
Depois percebi que tinha sido um sonho, que ele nunca mais vai falar. Que essa grande mutilação não tem retorno. E eu nunca pensei que tê-lo ali pudesse, por instantes, não ser suficiente. Queria tanto que este silêncio que nos atravessa fosse interrompido por uma gargalhada... ou mesmo um ralhete. Ralha-me, pai. Eu juro que não te levo a mal

2 comentários:

nana disse...

como eu percebo,
vou sabendo como certa,
porque certa,
essa dor...


força.
muita.
em ti.

3Picuinhas disse...

Obrigado. Vim aqui hoje e li-te de enfiada. Engoli as lágrimas, telefonei ao meu pai...há algum tempo disse "a tristeza nunca devia ser bela", nunca devia ser assim bela quando escrita. Mas obrigado. Hoje foi um dia diferente...hoje se calhar deixo a máscara de super-mulher guardada e visto-me de mim própria, só para variar.