Somos todas mulheres emancipadas, com o seu trabalho, casa, no meu caso, marido e filho. Lidamos com prolmeas diários de incompetência, estamos sempre a dizer "mas como é possível trabalhar com esse anormal?, porque não o despedem?", e coisas do género. Mas depois, na hora da verdade, quando depende de nós despedir alguém começamos a ficar com aquele frio na barriga e a desejar não ter de tomar essa decisão.
Passo a explicar: depois de muito penar decici contratar uma empresa para me angariar uma empregada. Explicados os requisitos à tal agência, mandaram-me uma empregada, a Marina. Pois bem, no primeiro dia a Marina deu a volta à casa, cheia de brios. Pensei que a coisa ia correr bem.
Mas, passada a euforia inicial, (ou, na gíria masculina, o tesão do mijo) a verdade é que a Marina deixa muito a desejar, especialmente tendo em conta que me foi apresentada como uma profissional. Demora 25 minutos para passar uma camisa, neste mês e meio de trabalho fez o jantar duas vezes (deveria fazer sempre), deixa coisas fora do sítio e não consegue pensar sozinha. Todos os dias tenho de lhe deixar um bilhete com todas as tarefas muito explicadinhas...
E agora sinto-me culpada porque lhe vou ter de dizer que não posso continuar com ela lá em casa. Acham isto normal? Logo eu que ando sempre a reivindicar.
quarta-feira, outubro 25, 2006
terça-feira, outubro 24, 2006
Paragem rápida
Até tenho muito para escrever.
O tempo está uma merda, o trabalho aperta, eu sinto-me cansada e apetece-me escrever. Mas não posso, está é apenas uma parage rápida. O Henrique está aqui ao colo e exige uma paragem obrigatória e demorada na página do Noody. "Queio bincai com o Noody, mamã". Lá vamos nós. Pode ser que dê para voltar mais tarde.
quinta-feira, outubro 19, 2006
Isto não está fácil - Parte II
Pois é... a verdade é que o tempo passa mas as coisas continuam muito parecidas com o que estavam há uma semana.
O Henrique continua a adaptar-se à creche (já não bate em tudo o que mexe mas fica a chorar quando me venho embora); agora está até em casa da avó doente com uma infecção respiratória.
O trabalho continua em doses industriais.
E eu estou tão cansada que me sinto a colapsar.
Mas adivinham-se momentos melhores. Amanhã espero poder finalmente jantar coma s minhas gajas... é verdade que uma delas não pode mas, como já disse, desta vez vais ahaver jantar, nem que seja numa roulotte no Campo Pequeno a comer uma sandes de courato, carago!
O Henrique continua a adaptar-se à creche (já não bate em tudo o que mexe mas fica a chorar quando me venho embora); agora está até em casa da avó doente com uma infecção respiratória.
O trabalho continua em doses industriais.
E eu estou tão cansada que me sinto a colapsar.
Mas adivinham-se momentos melhores. Amanhã espero poder finalmente jantar coma s minhas gajas... é verdade que uma delas não pode mas, como já disse, desta vez vais ahaver jantar, nem que seja numa roulotte no Campo Pequeno a comer uma sandes de courato, carago!
quinta-feira, outubro 12, 2006
Isto não está fácil
Há muito tempo que não passo os meus dedinhos por estas bandas...
Isto não está fácil. Entre o muito trabalho (estou às Aranhas com uma revisão do livro da Carmen Miranda), a viagem do marido à Venezuela, a operação à pila do filhote, a recuperação da operação, as consultas do meu pai e a entrada do filhote na escola, cá estou não a pedido de muitas famílias mas da minha sanidade mental.
Esta tem sido a semana do horror. O Henrique entrou para a escola. Depois de dois anos de doce ninho, de mimo exclusivo da avó, de atenções e salamaleques, ele lá aterrou, às 10h da passada segunda-feira, numa sala cheia de meninos e meninas mais ou menos adaptados, mais ou menos chorosos.
E, se ele ficou bem e sem chorar, a verdade é que o comportamento dele aqui em casa nada tem a ver com o que já foi. De repente ficou malcriado, gria, chora por tudo e por nada, não come...
Isto não está fácil.
Mas o mais frustrante é a forma como, por vezes, olha para mim. Com uns olhinhos cheios de raiva, como que a perguntar-me "porque me deixas ali, porque não posso ir para a casa da minha avó".
amanhã é sexta. Depois vem o fim de semana. Tudo há-de melhorar
Isto não está fácil. Entre o muito trabalho (estou às Aranhas com uma revisão do livro da Carmen Miranda), a viagem do marido à Venezuela, a operação à pila do filhote, a recuperação da operação, as consultas do meu pai e a entrada do filhote na escola, cá estou não a pedido de muitas famílias mas da minha sanidade mental.
Esta tem sido a semana do horror. O Henrique entrou para a escola. Depois de dois anos de doce ninho, de mimo exclusivo da avó, de atenções e salamaleques, ele lá aterrou, às 10h da passada segunda-feira, numa sala cheia de meninos e meninas mais ou menos adaptados, mais ou menos chorosos.
E, se ele ficou bem e sem chorar, a verdade é que o comportamento dele aqui em casa nada tem a ver com o que já foi. De repente ficou malcriado, gria, chora por tudo e por nada, não come...
Isto não está fácil.
Mas o mais frustrante é a forma como, por vezes, olha para mim. Com uns olhinhos cheios de raiva, como que a perguntar-me "porque me deixas ali, porque não posso ir para a casa da minha avó".
amanhã é sexta. Depois vem o fim de semana. Tudo há-de melhorar
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