quarta-feira, abril 30, 2014

Gerir as perdas

Acabámos de declarar o óbito do peixinho do Henrique. O Manchinhas resistiu, contra todas as expectativas, durante uns 4 ou 5 anos.
Com jeitinho seria mesmo o peixinho dourado que mais viveu em casa de uma criança que passava dias sem o alimentar.
Há muito que tinha deixado de ser a alegria desta casa e, na verdade, foi um verdadeiro milagre ter durado tanto tempo. Mas há pouco, quando o pai se preparava para lhe mudar a água e o viu a boiar, qualquer coisa gelou nos nossos corações.
O Henrique tem quase 10 anos e tem de saber lidar com as suas perdas, mas ficou tão triste, o meu bichinho... Chorou tanto. Há dores às quais simplesmente não os conseguimos poupar.

Mou... Desta vez ficaste pelo caminho

Já me disseram (várias vezes até) que ele não merece, que é arrogante, que tem a mania, que é um misógino e outras pérolas. Mas eu não o conheço pessoalmente e por isso posso continuar a alimentar o mito. Gosto do Mourinho e tive pena que ficasse pelo caminho. Mas não mereceu mais do que teve... E sempre pode ser que nos sirva de inspiração para amanhã.
Carrega Benfica!

Ter de enganar as finanças

Não, não pensem que ando para aí a enganar as finanças porque fujo aos impostos ou coisa que o valha. Cruzes, credo. Se há instituição da qual tenho pavor é das finanças e de todos os seus ministros. E secretários de Estado. E funcionários... são eles e a Segurança Social. Tenho sempre as continhas em dia, tudo pago e entregue dentro dos prazos.
Mas esta manhã tive de os enganar, ou melhor, tive de os fintar. Porque a isso me obrigaram. Ontem fui às finanças tratar de uma isenção à qual tenho direito. Mas estamos em época de entrega de IRS e aquilo estava para lá de complicado. Apesar da minha senha ser diferente, porque era de pagamentos, a verdade é que às 15h20 já não me deixaram tirar senha. Fiquei mesmo chateada. Não só pela situação mas pela forma como fui tratada. Tive imensa vontade de lhes chamar nomes. E pensei, "ai é? ai estão armados em parvos?. Então esperem por mim amanhã".
E lá fui, esta manhã, com a Alice no carrinho. Senha prioritária. Odeio fazer isto. Mas fui obrigada. Paciência.

11 meses


de alegria. De muito amor, de uma felicidade mais completa. De uma vida mais plena. Todos os dias agradeço o facto de ter vencido o medo e ter voltado a engravidar depois do cancro. Foram precisos 8 anos, muitas perguntas, muitas dúvidas, muitas noites sem dormir... mas valeu a pena. Cada segundo.

Coisas que me irritam #2

Pagar o condomínio.
Penso sempre, mas sempre, em formas muito melhores e mais úteis de gastar o meu dinheiro.

terça-feira, abril 29, 2014

Ainda o Porto

E o que me diverti ontem à noite?
A sério, há momentos únicos nesta coisa de ser editora.
Não são só as horas (muitas) a trabalhar, não são só desgostos pelos livros que não vendem tanto como desejávamos, não são só momentos a pensar que, se calhar, não percebo nada disto e devia estar a tratar da horta da minha mãe.
Ser editora também é isto: conhecer pessoas genuínas, simpáticas, que acrescentam algo à nossa existência (caso da Catarina e do Manel, meus queridos autores). E ter o privilégio de conhecer os ídolos da minha adolescência e comportar-me (sem vergonha, sem medos) como uma adolescente.
P.S. é evidente que não tem comparação estar ao lado do Paneira ou do Baía (Paneira rules!!!!). Mas o Baía deu-me muitas alegrias na selecção e, acima de tudo, sou uma profissional. Lol.

Coisas que me irritam

Atrasos nos comboios...
Neste caso fiquei parada 45 minutos algures entre Aveiro e Coimbra. chateia-me, a sério.

Boas notícias

Ontem, a caminho do Porto, recebi um telefonema que me deixou muito contente. A pediatra dos meus filhos vai regressar ao trabalho um ano depois de ter ficado doente. Foi mais do que um susto. Foi quase a morte. A Dra. Odília, que é uma das pessoas mais extraordinárias que conheço e que viu nascer o Henrique, contraiu uma septicemia gravíssima que a deixou em coma e muito debilitada. Foi um ano de luta intensa. Imagino o que terá passado. Quando a Alice nasceu e marquei a primeira consulta, foi-me dito que estava ausente do consultório. Mas nada de pormenores. Percebi pouco tempo depois que a situação era gravíssima e que poderia acabar em tragédia. Mas não acabou. Continuei a ir à sua clínica porque sempre tive esperança que voltasse ao trabalho e queria que, quando isso acontecesse, o processo da Alice estivesse lá. O Henrique não voltou ao pediatra porque diz que a sua médica é a Odília e que espera por ela. Nestes longos meses tenho-lhe enviado mensagens, fotografias da Alice e do Henrique...
Ontem, quando recebi o telefonema a dizer que podíamos marcar a próxima consulta da Alice com a Dra. Odília, fiquei tão contente. Como se um raio de sol iluminasse o meu dia.
Dia 8 lá estaremos! Para a consulta, para por a conversa em dia, para um abraço muito forte de cumplicidade.

O Porto

Sempre gostei desta cidade, não fosse eu uma rapariga com costela do Norte. 
O meu Porto de infância era muito diferente, ficava-se pela Pasteleira e pelas piscinas do fluvial.
Nos últimos anos tenho vindo ca de fugida, quase sempre em trabalho ou num fugaz passeio de uma tarde em família a caminho de Marco de Canaveses, mas fico sempre com vontade de mais.
Desta vez fiquei num hotel espectacular, o Hotel da Música. E a vontade de voltar em família está aqui... A borbulhar.

segunda-feira, abril 28, 2014

Eu a fazer de adolescente

Foi hoje, estava em trabalho, na apresentação do livro lá em casa mando eu... Mas ao meu lado estava o Vítor Paneira, esse grande senhor, esse fantástico jogador, esse enorme benfiquista... E eu comportei-me como uma miúda de 15 anos que se cruza com o seu cantor favorito... Foi triste, mas foi bonito.

A matemática dá cabo da nossa relação

Este podia ser o título da minha história com o meu filho. Tudo parece estar bem até a Matemática entrar nos nossos dias.
Nesta coisa das tarefas domésticas fica na minha coutada os trabalhos de casa e  o estudo. O pai já tem a sua parte com o futebol e o violoncelo.
O Henrique é um miúdo esperto, rápido a pensar, com um bom raciocínio. Mas tem uma coisa que me encanita com os nervos: excesso de confiança. E depois espalha-se na Matemática e em vez de ter 80 ou 90 por cento, não consegue sair dos 73, 74. E era suficiente se ele não soubesse mais. Mas o sacana do miúdo sabe, mas não se preocupa, não faz os cálculos, não regista os dados nos problemas, não faz as reduções... E depois erra. 
Este fim-de-semana foi mais uma luta. E tudo por causa da Matemática, essa pulha.

domingo, abril 27, 2014

Amanhã vou ao Porto... será boa ideia?

Amanhã vou ao Porto em trabalho. A Catarina e o Manel vão fazer a primeira apresentação pública do seu livro, editado pela minha editora e eu lá estarei, como anfitriã.
Tudo normal e desejável, uma vez que vou dormir no Porto e aproveitar para uma bela noite de sono... mas o livro que vou apresentar amanhã é tudo menos normal. é o livro de dois fanáticos do futebol: ele benfiquista, ela portista... e, assim de repente e depois dos dois últimos embates entre Benfica e Porto, a ideia de me meter na toca do lobo não me parece lá muito boa ideia...
Pelo menos vou conhecer o grande Vítor Paneira. E acho que ele não vai deixar que me façam mal. Espero.

Benfica!

Pronto, mais um jogo, mais uma vitória de 10 contra 11. Jogámos bem? Não. Mas eles também não. Para dizer a verdade este bem era um jogo que me importasse muito, porque sabia que íamos desfalcados ao dragão a pensar (e bem) no jogo de quinta com a Juventus.
Mas adorei o sabor. Amanhã não há kompesan que chegue nas farmácias do Porto. 

sexta-feira, abril 25, 2014

Falar de Abril

Hoje trocava mensagens com duas amigas a propósito do 25 de Abril e de descer a avenida, quando me lembrei de uma coisa, a meu ver, muito importante: se valorizamos este dia, se achamos que foi uma conquista importante, não o podemos esquecer. Temos a obrigação de passar esse principio aos nossos filhos. Se nós somos uma geração que já não viveu antes da Revolução, imaginem os nossos filhos. Se não formos nós a transmitir-lhes a importância desta data ela nada representará daqui a uma dúzia de anos. E o esquecimento é terrível. Por isso hoje desci a avenida em família. Melhor ainda, desci a avenida em família e rodeada de amigos. 
E foi fantástico. Para o ano há mais.

quinta-feira, abril 24, 2014

Da amizade

Hoje a minha querida S lançou um novo livro. Desta feita não fui eu que o editei (o que é uma pena), mas o mais importante não é isso mas sim o facto de ela ter levado a cabo mais uma grande empreitada na sua vida. Um belo livro sobre as desventuras da maternidade, o eterno sentimento de culpa, do não cumprido, do não feito. Todas nós que somos mães e mulheres sabermos bem o que é isto da culpa, de querermos fazer tudo e mais um par de botas, de querermos arcar com as maleitas do mundo, de querermos ser as melhores em tudo: mães, mulheres, amantes, cozinheiras, profissionais... E mais um flick flack à rectaguarda..a minha querida amiga, como sempre, levou a cabo mais um bela tarefa.


Parabéns, minha querida

Fim-de-semana em grande #2

E o nosso fim-de-semana não podia ter terminando de melhor forma: no domingo de Páscoa, depois de um almoço caseiro, lá fomos, vestidos a rigor rumo à Luz.
Escusado será dizer a loucura que foi. O coração a bater rápido, a boca seca, os nervos à flor da pele... Tudo isto misturado e ainda mais.
Foi uma tarde memorável! Houve bilhetes para toda a gente e no final uma grande festa. Há muito que o campeonato nos escapava.
Depois da tristeza do ano passado, depois do vazio que ficou este pode muito bem vir a ser o melhor campeonato das nossas vidas. Sim, porque eu ainda não andava por cá no tempo das grandes glórias internacionais.
Domingo há mais, espero!

terça-feira, abril 22, 2014

Fim-de-semana em grande #1

No sábado fomos "brunchar" com os nossos amigos L e A e com as suas lindas três crias. Comeu-se bem, falou-se alto, riu-se muito e tivémos a oportunidade de ver que os nossos mais velhos, o Henrique é a Madalena, já têm conversas de crescidos. Foi uma risota pegada. 
A meio do brunch a revelação: a Teté, uma das filhas dos nossos amigos, perguntou-me se queria ser madrinha dela. Fiquei para a minha vida. Bem consegui articular uma frase. A minha amiga L sabe tudo sobre as minhas duvidas e a minha relação com a igreja. Mas também sabe que adoro as suas filhas e que tudo farei para lhe transmitir bons valores.
No fim a L teve de ir trabalhar e nós ainda fomos até à Gulbenkian passear. Foi a primeira vez que a Alice se sentou na relva e adorou. 

sexta-feira, abril 18, 2014

Devo estar a ficar louca #2

Talvez tenha sido por isto que me deu a maluqueira hoje de manhã...

Foi lindo, memorável...
Inchem!

quinta-feira, abril 17, 2014

Devo estar a ficar louca

Hoje saí de casa como sempre para ir para o trabalho. Mas, ao chegar à porta do escritório deu-me a maluquice. E se eu fosse ao estádio ver como estava a fila para comprar bilhetes para domingo? Afinal era dia 17, o dia em que supostamente poderia levantar os meus bilhetes de oferta, os tais que me negaram na segunda-feira.
Talvez tenha sido um momento de insanidade, talvez tenha sido a paixão pelo Benfica, talvez tenha sido um misto das duas misturado com a ideia de que era mesmo muito fixe estarmos os três na Luz a comemorar o campeonato.
E se bem o pensei, melhor o fiz.
Quando cheguei ao estádio a fila era medonha, enorme... Uma coisa sem explicação. Ainda fui à bilheteira da meias-tigelas perguntar se, por acaso, não havia uma fila só para sócios... Nã.... E bilhetes, há muitos ou poucos? Bastantes, disse-me a senhora.
E lá fui, achando que duas horas depois estaria despachada. Engano meu. O temo passava e nada do raio da fila andar...
Fui metendo conversa com as pessoas atrás de mim, a conversa ajudou o tempo a passar e acabou até por ser divertido. É engraçado perceber o quão diferentes somos uns dos outros mas, quando toca ao futebol, é tudo igual. E deu para tudo, falou-se da situação do país, do Jorge Jesus, da loucura que era estarmos ali sem certezas...
Quatro horóscopo depois começámos a avistar a bilheteira ali tão perto. E foi quando começaram os rumores de que, afinal, já não havia bilhetes. Mas nenhum de nos desistiu. Havia lá mais pessoas como eu, sócios que queriam os seus bilhetes de oferta. Mas também havia quem quisesse fazer uma surpresa ao filho, ou mesmo um casal dinamarquês  de septuagenário que estava em Lisboa para comemorar o aniversário de um deles e que queria muito oferecer ao filho e ao neto, que iriam chegar dali a poucas horas para o aniversário do avó, um bilhete para um jogo do Benfica.
Convém dizer que duas horas depois de ter chegado à fila recebi um telefonema de um amigo muito querido a dizer que tinha três convites para mim (obrigada Rui). Mas eu tinha ficado de levantar um bilhete para a minha sócia e para a sua irmã. E não queria mesmo nada desistir. Sair de lá de mãos a abanar. Esperei é valeu a pena.
Domingo vamos todos à Luz, e via ser bonito.
Espero que

quarta-feira, abril 16, 2014

Quando a esmola é grande...

É quarta-feira. O Henrique chegou de casa da avó no sábado. E até ao momento ainda não nos chateámos...

Acreditem se quiserem

Mas hoje roubaram os sapatos ao meu marido no ginásio...
Dá que pensar, não?

São assim, os meus dias

Cheios de coisas boas.

Quando o meu clube me entristece...

Fico danada quando me sinto enganada. O Benfica hoje enganou-me. A instituição à qual o meu agregado familiar dá 24 eurosX14 todos os anos dá-me a possibilidade de levantar 2 bilhetes por época para jogos em casa (excepção feita aos jogos com o Sporting e com o Porto e o ultimo jogo em casa).
Mas hoje, com a euforia de ganhar o campeonato no proximo domingo e a ganância de fazer muito dinheiro, o meu clube criou uma nova regra e não me deixou levantar os meus bilhetes. Que são meus por direito. 
E, como se isso não bastasse, o Benfica colocou os bilhetes para este jogo a preços exorbitantes, mesmo! De tal forma que é bastante mais barato ir assistir ao jogo com a Juventus, que é um jogo europeu.
Hoje estou dança porque fui enganada. Mas, pior do que isso, estou triste com as pessoas que dirigem o meu Benfica.

segunda-feira, abril 14, 2014

Amigdalite

Chiça penico. A injecção de penicilina de quinta-feira pelos visto nãos foi suficiente. Na sexta és no sábado senti-me melhor mas ontem voltei a ter dores no corpo, diarreia, dores no lado direito da garganta... Resultado: ela continua aqui, eta safada. Mais uma semana de antibiótico, brufen e ultralevur...

Felicidade

Às vezes acho que sou um bocado tonta porque estou sempre à espera que algo de bom aconteça, que as notícias não sejam as piores, que o copo esteja meio cheio e não meio vazio. É até estranho porque não tenho uma crença em Deus que me permita ver tudo com alguma resignação ou à espera que ele mude as injustiças do mundo.
Mas a verdade é que acho sempre que coisas boas podem acontecer.
E hoje é um desses dias, em que a esperança que senti me acompanhou a mim e a uma amiga muito querida, que não sendo muito antiga está aqui gravada no meu coração. 
Hoje o mundo e um lugar espectaculR.
E só não apanho uma piela porque acabei de sair do médico e a puta f amigdalite continua aqui. Mais uma caixa de antibiótico. Mas pode ser, não faz mal. Hoje está tudo bem!

Algo de estranho se passa no meu corpo

será cansaço acumulado? Será que estou a "chocar" alguma?
A verdade é que depois da ida ao hospital de quinta-feira eda famosa penicilina, achei que hoje já estaria muito melhor. E não estou. Dói-me o corpo, doem-me os rins, dói-me a cabeça...
Está na hora de um check up, essa é que  essa.

sábado, abril 12, 2014

Agastar

Muitas vezes acho que o facto de ter estado muito doente não mudou nada de importante em mim. Mas depois, há dias como o de hoje, que me fazem ter a certeza que sim, que muito mudou. Que não me agasto com certas coisas que no passado me dariam a volta à cabeça. A sério, às vezes  não percebo como certas pessoas fazem de tudo uma questo de vida ou de morte, de honra ou desfaçatez...
Está um dia bonito, o sol brilha. Aproveitem a vida. Deixem-se de merdas.

Sabes que estás a ficar velha ...

Quando estás num comboio rodeada de jovens universitários e achas que eles são de Marte tantos são os bués e fofinhos, fixes e cenas que ouves.

sexta-feira, abril 11, 2014

Porque o Benfica é o meu grande amor


Macacos me mordam se não vou à Luz ver o jogo com a juve.

Sem pio 2

Eu achava que isto era uma laringite, coisa que curaria com uns brufen e uns chás de gengibre e limão. Mas a ida a Londres não ajudou e ontem lá me decidi a ir ao hospital. Ainda pensei que era um bocado estúpido ir a um hospital com dores de garganta e rouquidão.... Achava eu. Diagnóstico: amigdalite e infecção nas cordas vocais. Tratamento: dose cavalar de penicilina. Resultado: estou aqui no sofá coxa e de molho pelo menos até amanhã...

quinta-feira, abril 10, 2014

Dos direitos da mãe

Hoje vi um post no facebook que me recusei a comentar mas sobre o qual tenho opinião. E acho que é daquelas que não agrada a toda a gente. Mas, mesmo assim é porque este é o meu espaço, ca vai disto.
Nós, mulheres não podemos abdicar dos nossos direitos. Nunca. De cada vez que uma de nós abdica dos seus direitos está a contribuir para que um patrão um dia diga a uma sua empregada: "queres ficar 4 meses em casa? Mas a x só ficou 15 dias." Este é o tipo de pressão ao qual temos de saber responder sempre. Porque não mexe apenas com os nossos direitos mas também com os das  outras mulheres. E quem me chamou a atenção para isto foi um amigo homem, que não tem filhos. Mas que trabalha há muito num dos maiores bancos portugueses e quando tinha um cargo de chefia de uma equipa recusou que uma das suas subordinadas voltasse ao trabalho antes de tempo.
É claro que o caso muda de figura quando falamos de mulheres que estão a recibos verdes. Essas não têm, infelizmente, protecção. E têm de trabalhar para comer. Umas porque foram obrigadas a trabalhar neste regime, outras por opção, mas estas estão desprotegidas e muitas vezes têm de voltar mais cedo.
Agora em nenhum caso esse regresso ao trabalho deve ser encarado como uma coisa fantástica, digna de reportagem em revista ou em jornal. Porque essa mulher, mesmo que não queira, está a dar a entender que as outras não são tão profissionais como ela, que 15 dias depois há estava a trabalhar.
E não me venham com tretas que eu sei bem do que estou a falar. Sou sócia de uma empresa, somos apenas 3 no escritório, o trabalho é muito e ninguém o faz por nós, e passei por uma gravidez que me obrigou a ficar em casa muito tempo. Mas, mesmo assim, tomei
Conscientemente a decisão de ficar 4 meses em casa. Porque esse tempo é irrecuperável. E quando voltei ao trabalho fi-lo a 1000 à hora, para ajudar, para recuperar. Porque me sentia protegida pelos meus e pelo tempo que tinha passado em casa.
E fui a reuniões antes da Alice fazer 4 meses, e levei-a comigo umas vezes para o escritório. Mas nunca fiz disso um caso. Nunca fiz um post sobre o assunto, ou tirei uma foto. 
E é isto.

terça-feira, abril 08, 2014

Sem pio

Estou em Londres, em trabalho. Está frio e eu estou doente. Rouca, quase sem voz e com muitas dores de garganta... Piu

sábado, abril 05, 2014

Do amor

Porque nos dói a dor de um amigo? Às vezes dou comigo a pensar nisso. Às vezes a dor é funda, faz-nos faltar o ar, sentimos a cabeça a andar à roda e o chão a fugir-nos debaixo dos pés.
Uma má notícia relativa a um amigo deixa-me de rastos. Será que deve ser assim? às vezes penso se é suposto, se deve ser mesmo assim.
Há uns meses uma pessoa que me é próxima passou por um mau bocado e eu senti-me uma extensão da sua dor, de tão triste que estava como o que lhe estava a acontecer.
Passou-se o mesmo ontem. Apetecia-me tanto chorar, partilhar uma dor que não é minha mas que sinto como tal.
Será que é assim que medimos o quanto gostamos de um amigo, pelo impacto que a sua dor tem em nós?

quinta-feira, abril 03, 2014

Dias difíceis

Às vezes pergunto-me onde errei, onde deixei que a realidade me ultrapassasse. Quando é que deixei de fazer as coisas bem e permiti-me ser a mãe que dá palmadas, que se irrita, que discute, que grita, que chora...
Quando era mais nova achava que podia ser uma daquelas mães de antologia, as que ouvem e têm sempre uma palavra amiga, que não levantam a voz, que nunca batem, que sabem sempre puxar pelo melhor dos miúdos e levá-los a perceber que erraram.
Mas a realidade veio-me provar que estava enganada. Ou essas mães não existem, e não passam de uma fantasia da nossa cabeça, ou eu não sou mesmo nada boa mãe.
E gostava de ser, a sério.
Hoje estou tão triste comigo...

quarta-feira, abril 02, 2014

Quarto das brincadeiras

A minha amiga Mena está envolvida num projecto mesmo muito giro. Chama-se o quarto das brincadeiras e destina-se especialmente a quem tem crianças.
Tem muitas ideias de coisas que podemos fazer com os mais novos, de locais que podemos visitar, de brincadeiras... Enfim, é um orgulho ver que alguém que tem uma profissão exigente é dois filhos pequenos ainda arranja tempo para este projecto. Um destes dias participei com um texto. Está aqui.

Ridiculamente cansados

São nove e meia, a minha mãe está aqui em casa, o que nos permitia ir ao cinema ( algo muito desejado por estas bandas). Mas estamos tão cansados com estas disc últimas noites que simplesmente não temos forças para nos levantarmos do sofá.
Vai ter de ficar para outro dia.

Faço queixa de ti à policia

Foi o que o meu filho me disse hoje à tarde quando lhe disse que merecia uma grande bofetada por ser um porcalhão. Não sabia se lhe batia ou se me ria... Mas a verdade é que estes miúdos não têm noção.

Laringite

É uma palavra do demo, esta. Perdi a conta às laringites do Henrique. Tosse, tosse, vómitos, tosse, urgências, aerossol com adrenalina, celestone, em casos mais graves codipron... Foi assim durante anos.
Esta segunda-feira à noite senti um arrepio de medo quando ouvi a Alice com tosse e com estridor... Não queria acreditar que até nisto a miúda é parecida com o irmão. 
Ainda esperámos uma horita, mas ela piorava é a tosse não parava.
Lá fui, rua acima, a chover é com ela no canguru, rumo à Estefânia.
Ninguém diria que estava doente tantas foram as palmas, os risos e os olás que distribuiu. Parecia a princesa Diana.
Como estava sozinha com ela e a pé (de nada me adiantava levar o carro porque o parque do hospital dá parabéns 5 carros e teria de vir para a rua estacionar... E na verdade moramos naquela rua, que é inclinada como o caraças, mas não deixam de ser 100 metros), tive de a ir por a casa antes de partir em busca da farmácia de serviço. Ainda fiz uma paragem na pastelaria da Almirante Reis para comprar uns bolos (ha 15 anos ia lá depois das noitadas...).
Quando cheguei a casa ouvi tossir, fui ao quarto dela mas... Nada. Estava na nossa cama a dormir ao colo do pai. E assim foi a nossa noite, com ela sentada ao nosso colo para não tossir.
Esta noite a experiência repetiu-se quando ela acordou à uma e já não parou de tossir.
Hoje temos sessão de ginástica respiratória lá em casa para ver se atrancam o Darth Vader que está na garganta dela... E eu espero conseguir dormir. Finalmente.